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Pequeno grande livro

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 Por Antônio FJ Saracura, 06 de abril de 2013, revisto em novembro de 2020. (...) Laura é um pequeno grande livro. Diz-se infanto-juvenil mas serviu para mim, um setentão quase, de grande aprendizado. Não sei quais os ingredientes essências para que um livro caia no gosto infanto-juvenil. Talvez esses que Ronaldo utilizou sejam alguns, pois me senti muito mais novo lendo o seu livro. Dona Laura, ao estilo tradicional do povo simples, conta ao sobrinho, histórias. Casos clássicos que o povo assumiu, ou situações da comunidade. Sempre fechando com lições de vida engrandecedoras. E entra o nosso folclore rico para ajudar, com o lobisomem, o fogo corredor, a cobra mamadeira, o caipora, o rasga-mortalha, o casamento da raposa, a mulher do padre... Botijas, visagens, assombrações (daquelas que divertem mais do que assustam)... Etc, etc, etc. Há diálogos singelos entre os moradores da comunidade... Há cenários pintados com mágicas palavras... “Laura” é livro para se adotar

Aquela professora

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Morria de dor de ouvido. Pálida, inquieta, não teve alguém que soubesse de alguma erva medicinal ou algum fitoterápico. Sem aguentar as dores, correu para os braços do vereador Abreu. Este, quando a viu, fez cara feia. Mesmo assim teve o prazer em ouvi-la dizer: — Abreu, você pode me levar até a unidade de saúde. Tô apulso! Ele, raivoso, olhou para a cara dela. O não chegou até a ponta da língua, recolhendo-se assim que pensou na quantidade de votos da família de Sandra.  A possibilidade de ela ficar lhe devendo favor era muito grande e um motivo para passar na cara, caso precisasse. Abreu foi ao quarto, vestiu uma camisa, balbuciou alguma coisa para a mulher, que não estava de cara boa, e trouxe a professora para a cidade. Ao chegar, deixou-a para ser atendida e saiu insatisfeito. Poderia estar com a sua caçula nesse momento, pensou. Na rua, encontrou com uma conhecida e lhe disse: — Você acredita que eu tive que sair de casa para trazer a professora Sandra para a unidade de

Papo Cultural com Eleniwton Farias

O Papo Cultural , mantido por Eleniwton Farias, proprianse, Graduando de Teatro-Licenciatura, UFS (Universidade Federal de Sergipe) em uma live no dia 26 de dezembro de 2020 recebeu o escritor Ron Perlim . Confiram a íntegra desse bate-papo interessante sobre vários aspectos da Literatura Nordestina, alagoana e sergipana.

O autor fala de Sua Obra: Alberto Amorim

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Alberto Amorim José Alberto Amorim, nascido em Propriá-SE, graduado em História pela Universidade Estadual Vale do Acaraú -UVA, Polo Propriá (2009), Pós-Graduado em História da África e das Culturas Afro-brasileiras pela Faculdade Atlântico, Aracaju -SE (2012), Membro fundador do CCP-Centro de Cultura de Propriá e Presidente. Assumiu cargos de confiança no poder público na Prefeitura Municipal de Propriá: Secretário Municipal de Administração (2007-2010), Secretário Municipal de Cultura e Meio Ambiente (2011-2012), Secretário Municipal de Educação, Cultura, Juventude e Esporte (2020).  Pesquisador da Ditadura Militar de 1964. É  Idealizador, âncora e produtor do programa FM 104 Cultural. 1.     Como nasceu o livro “Um batim nas memórias de um menino propriaense”? Sou propriaense, beradeiro naturalmente. Ao observar que, nessa minha cidade quase nada foi escrito sobre ela, lembrei-me de fatos vividos na infância /adolescência e resolvi rascunhar algumas das experiências passadas. Daí

O Autor Fala de Sua Obra: Cleberto Santos

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  O Blogue do Ron Perlim entrevista o escritor proprianse, Cleberton Santos. Vamos conhecer um pouco sobre ele: Cleberton Santos (14/05/1979, Propriá/SE) é poeta e professor do IFBA. Mestre em Literatura e Diversidade Cultural pela UEFS. Publicou os livros “Ópera urbana” (poesia, 2000), “Lucidez silenciosa” (poesia, 2005) “Cantares de roda” (poesia, 2011), “Aromas de fêmea” (poesia, 2013), "Estante Viva” (crítica literária, 2013) e "Travessia de abismos" (poesia, 2015). Vencedor do Prêmio Escritor Universitário Alceu Amoroso Lima da Academia Brasileira de Letras (2002). Tem poemas publicados em várias antologias, revistas e jornais. Apresentou o quadro “Aperitivo Poético” na Rádio Globo FM de Feira de Santana.   1.   1.  Como nasceu o livro “Travessia de abismos”? Foi escrito e reescrito entre 2014 e 2015. Eu estava liricamente impactado pela leitura da forte poesia do português Gastão Cruz. Estava revisitando outros poetas prediletos e vivendo algumas inquietações-ref

O Autor Fala de Sua Obra: Adail Vilela

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Adail Vilela: Poeta Hoje o Blogue do Ron perlim recebe com satisfação a entrevista de   Adail Vilela  pelo  Whatsapp. Vamos conhecer um pouco sobre ele e seu primeiro livro? 1. Como nasceu seu livro Poemas de Pinho a Polo?  Sou alagoano de Palmeira dos Índios, mas resido em Aracaju desde 1982. Meu primeiro livro nasceu em 1993 e foi lançado 18 anos depois. A inspiração para POEMAS DE PINHO A POLO foi minha mãe que passava por um grande problema de saúde,  me motivando ao lançamento,  como uma forma de comemorar a superação do momento difícil,  de uma forma criativa e significativa. 2. Do que ele trata ou fala. O livro,   dado o grande intervalo temporal desde a obra anterior,   foi praticamente uma antologia,   refletindo a produção poética de minha fase mais prolífica.   São 128 páginas,   contendo poemas tanto de estética moderna,   com versos livres,   quanto clássica,   como sonetos.   O lançamento,   dado seu objetivo,   foi bem emocionante,   com grande presença de público.   Fiz