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Mostrando postagens de outubro 4, 2009

Sobre o cansaço

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“(…) os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir”. (Ecl. 1:8). Essas foram as palavras do sábio Coélet. Sábias, mas físicas, biológicas. Pois, digo: Quando os olhos se fartam, eles lacrimejam. Quando os ouvidos se enchem, a alma se angustia.

Sobre a inveja

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A inveja quando se apodera de um homem abre em sua alma caminho a todos os sentimentos desprezíveis e torpes. (Tahan, Malba. O homem que calculava. Rio de Janeiro: 50ª tiragem – Record, 2000; p. 75). O olhar voltado para baixo, “catando” dos pés à cabeça. Mente na escuridão, no silêncio do diálogo e das aflições. Inquietação, perda do bom senso. O coração se torna uma pedra, abrindo fechando. Os olhos brilham, trilham… mas é dentro da carne que a alma, já possuída, perde-se entre os músculos, veias, ossos. Depois vem a maquinação, o querer, o eu com a roupagem de Caim. Porto Literário, ano I – nº 57 de 20 de janeiro de 2003. Versão impressa.