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Mostrando postagens de setembro 13, 2009

Senado do povo, como povo

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Ouço quando os colegas opinam, melhor dizendo, repetem o que há nos recortes de jornais impressos, televisivos e revistas; mas sem nenhuma opinião crítica. E, a opinião que não são deles é que os políticos são um bando de gatunos e canalhas e aquele fuzuê não daria em nada. Eu apenas os observo e penso: Os homens que ocupam os assentos do Senado foram eleitos pelos estados para representá-los. Vale lembrar que a maioria deles está em Brasília, vai à tribuna, elaboram belos discursos; apesar de não merecê-los. Estão naquela posição privilegiada não por mérito, mas porque comprou currais eleitorais. Todos os brasileiros sabem que a briga no Senado é uma briga de interesses pessoais e jamais político. Se político fosse, tanto as representações contra Sarney seriam apuradas assim como a de Arthur Virgílio. Por meio de acordos que não são mais estranhos, mas tão íntimo entre eles é que elas (as representações) foram arquivadas. Aquela briga espelha a imaturidade política do eleitor brasilei

O vendedor de cocadas

Deparei-me com o vendedor de cocadas outro dia desses, quando andava tranquilamente pelas ruas daquela cidadezinha. Ele tinha aproximadamente um metro e setenta e cinco de altura, olhos esbugalhados, vestido à Caruaru, meio bojudo, sorriso largo, calçado com chinelo de dedo. Ele empurrava um carrinho de mão, dizendo: “Oi a cocada!”. Seu vozeirão chamava a atenção de quem por perto passava. Lembrei-me dele nos arrastões, da enorme bandeira que carregava estampando o número do candidato, dos dias de embriaguez, da euforia e cansaço dos comícios, das piadas, picuinhas tão comuns nas pequenas cidades que para nada servem. Lembrei-me, também, do dia cinco de outubro do ano passado. Neste dia, quando o resultado de boca de urna saiu, uma turba de pernas, risos, lágrimas, abraços, invadiram a avenida onde se localizava o maior colégio eleitoral daquela cidade. Alguém filmava aquele calor, aquela euforia. O vendedor de cocadas se aproximou do cinegrafista amador e disse: “Minha cidade agora sa