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30 de nov. de 2022

Lançamento do livro Chico, o Velho

O livro Chico, o Velho escrita por Ron Perlim foi lançado no dia 11 de novembro de 2022 na AABB, Propriá, Sergipe na Flipriá (Festa Literária de Propriá). Na ocasião, o escritor discorreu sobre o tema central do livro: como as angústias de Alberto, Germano e Artur confundiam-se com as próprias "angústias do rio" que, nesse caso, trata-se do Rio São Francisco. Ron não se limitou só a isso, mas tratou da questão ambiental e enfatizou que o rio morre pouco a pouco, que o assoreamento possui todo o seu  corpo.

Em seguida, abriu um bate-papo com os leitores: disse-lhes que estava aberto a comentários, que perguntassem o que quisessem. Um deles, que havia adquirido o livro antes do lançamento; achou importante a temática por falar de coisas próximas a nossa convivência e dar ênfase, com uma linguagem simples, nossa, sobre um tema que não deve ser esquecido que é a defesa da revitalização do São Francisco. E concluiu dizendo que ficou danado com a crítica que há no final do livro sobre a cidade de Propriá.

Ron Perlim se dirigiu a plateia e explicou-lhes que a crítica não era direcionada especificamente as pessoas de Propriá, mas ao poder público que negligencia a infraestrutura. Abriu o livro calmamente na página 72 e leu:

Sem o que dizer, foram cabisbaixos até a cidade de Propriá. Ela os recepcionou com um bueiro, bolsas plásticas, orelhas-de-burro, um cavalo morto, latas de refrigerantes, cervejas, roupas, sandálias e um cheiro insuportável de fezes ao pé do cais.

Outros temas sobre a escrita foram abordados, como o que o inspirava, a ideia de ter escrito o livros e por aí. Sobre a inspiração, sempre a define desta forma: 

Há quem fale de forma romântica sobre a inspiração. O que, de fato, é inspiração? Inspiração é a materialização de leituras anteriores.

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5 de set. de 2021

Uma viagem pelas crônicas de Ron Perlim

Era o ano de 2003. Na busca de subsídios para uma das edições do extinto Jornal Opara Propriá/SE, encontrei um jovem Matemático, escritor, pesquisador, poeta e contista,e se me permitem assim ampliar os qualificativos, um exímio educador popular que nos municiou                     sobre      um     verdadeiro       mosaico        para compreendermos os elementos históricos e culturais do município alagoano de Porto Real do Colégio.
 
 De para tive contato com sua obra, cujo valor incalculável se manifesta em exemplos como Às Margens do Rio Rei (aspectos gerais do município), Porto Real do Colégio: Sociedade e Cultura, Agonia Urbana (prosa poética), Minicoletânea de Escritores Colegienses (prosa poética), O Lugar da Poesia e da Prosa e Ritmo Vital (estes últimos escritos a várias mãos), além de um numero infinito de textos ecoados na grande rede, através de sites e blogs, e mais recentemente repercutidos por alcance das redes sociais que os multiplicam.
 
Oreconhecimento ao profícuo exercício literário de Ronaldo Pereira de Lima tem sido manifestado por “extremosbiunívocos” que se estendem do popularao erudito,  e  materializados   ou laureados,  como   o PrêmioAlina Paim, promovido pela Secretariade Estado da Cultura de Sergipe na categoriainfanto- juvenil.Este reconhecimento não lhe envaidece, mas multiplica suas responsabilidades com o universo absoluto e relativode sua legião de leitores, espalhados nos vários rincões do Brasile não seria pretensãoafirmar, nos cinco continentes da Terra.
 
Apartir de 2004, exatos dez anos, tivemos a honra de receber as crônicas políticas de Ronaldocom frequência, as quais passaramaos olhos e mãos de nossos leitores,ilustrando as páginas impressase online da Tribunada Praia. O resultado deste acervo está sendo disponívelagora em forma de livro, cujo título Viuo Home?expressa a opção do autor em alcançar um públicoque, assim como Platão em “O Mito da Caverna”,intencionalmente ou não, pretende levar luz aos que ainda tem a sua frente uma cortinada limitada informação que precisa ser transformada em conhecimento.
 
Em Viu o Home?, Ronaldo nos remete a uma viagem cujas estações incluem paradas em 05 de outubro e Frevo eleitoral, avançando para o Fundo de quintal, nos lembrando Quem come. Quem não come, condenando o que considera Coisa de cabra safado.    Enquanto   estamos    A    espera    de    um candidato,  Ronaldo nos faz lembrar das Malditas picuinhas e da Mazela eleitoral, que muitas vezes deságuam  em Cãomício.  Mas será  que É  assim mesmo, pois enquanto Eu, Pobre, eles, Os prefeitos, a folha paralela e os cognatos precisam ser freados.
 
Assim como previa Bertolt Brecht ao afirmar que “A omissão é o peso moro da História”,Ronaldo nos remete em A irmã da covardia, e O poder que não elege, pode desaguar no prejuízo que faz A merenda que não está nas escolas. Considerando que Este é mais um ano eleitoral, para se contentar com O menos pior ou quem mais?, pois Eles não se elegem por si. Com a Língua solta, lembre-se de que É em casa que se aprende a barganhar.
 
Ronaldo poderia ter escolhido qualquer uma das 32 crônicas para ilustrar o título deste trabalho,pois, todas elas refletem momentos que se completam, o que dimensão ao conjunto de uma obra que é o resultado de uma leitura socializada, mas que assim como avaliou Heráclito, “nenhum homem banha-se duas vezes no mesmo rio...”,sendo sua releitura indispensável, pois “... ele não será o mesmo homem, nem o rio será o mesmo rio”.
 
Como um grande escritor cuja trajetória lhe credencia, tem dado através de seus textos provas inequívocas de seu compromisso com a construção da cidadania, denunciando as mazelas e promiscuidade que tem se convertido a atividade política, anunciando a necessidade de manter empunhada a bandeirada resistência e não baixar guarda para as cooptações que tem cercado o ser humano, cada vez mais vulnerável, mas como quem vislumbra uma luz fora da “caverna”,... desistir, NUNCA. Insistir, SEMPRE!
 
Fica aqui, em meu nome, em nome dos que fazem a TRIBUNADA PRAIA e por extensão de seus leitores cuja frequência diária oscila em torno dos 7 mil acessos, nossos sinceros e honrosos agradecimentos a companhiad e Ronaldo Pereira de Lima e de “suas crias”, ao longo de uma década, na certeza de que o tempo acrescentou esta relação e parceria,crescendo em nós a certeza de que, nos termos preconizado pelo grande Rubem Alves (na obra “Sobre Jequitibás e Eucaliptos”), aqui foi plantada uma árvore frondosa que nos proporciona uma sombra maravilhosa.

Sergipe, Setembro de 2014


Claudomir Tavares da Silva
Diretor-Fundador da Tribuna da Praia

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