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Mostrando postagens de agosto 21, 2011

As casas se tornaram éclogas

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Estava no quintal observando a vida e a sua variada existência. Observava também as coisas inanimadas corroídas pelo tempo que tudo envelhece, que a todos conduz a morte. As nuvens se tornaram plúmbeas, tirando-me de Sofia . Entrei em casa, olhei de soslaio para mamãe que consertava uma toalha de redendê; dirigindo-se à sala de visitas. O céu estremeceu espalhando o medo nas ruas, as pessoas se recolheram para as suas casas, Mimi correu para debaixo da cama, mamãe foi às pressas tirar as roupas do varal, faltou energia e eu fiquei vendo o mundo da janela. Depois de alguns minutos a energia voltou somente em uma das fases. Na quadra em que morava só um poste estava acesso parecendo palco de teatro em meia-luz. Envolto dela, as gotas, os besouros rodopiavam. Estiou. Fui à porta, pus a mão na maçaneta e um vento frio possuiu a minha pele. Pouco a pouco as coisas normalizaram: os narizes apontaram nas soleiras, os assentos nas praças tinham novidades de uma ár