O escritor e a sua participação política e social de seu país
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggve_3qil4vN39XfLHQYRZaS1c3KZeyVf77qe7lOtkJaTWQCdmcaSnovNmDTYEDeLiPw0aZsO_LmEY2XH9nNyJyxMxt3Mfmk1YQ-d1qzOgpQwv1Zizw3ZE1JQTpXRBiSvtditcIHgcC9HJ/s1600/Osman+Lins+-+ronperlim.com.br.jpg)
Osman Lins Você acredita que o escritor deve participar da realidade política e social de seu país? E essa participação não criaria uma espécie de conflito para o escritor de ficção? Na Idade Média, a arte estava estreitamente ligada a religião, porque a vida era essencialmente religiosa. Hoje vivemos uma época essencialmente política. Sempre digo que até o gesto de se colocar um selo num envelope é um gesto político. Logo, a arte, seja qual for, não pode se distanciar desse universo. Tem que estar impregnada dele e de suas preocupações. Para escrever, o escritor reflete sobre a realidade do mundo onde vive. Refletindo é compelido a lutar de algum modo. Creio que o conflito se estabelece quando esse modo deixa de ser uma escolha para se tornar uma ordem. STEEN, Edla Van. Viver e escrever: volume 3 . 2 ed. Porto Alegre, RS: L&PM, 2008. p.158.