Postagens

Mostrando postagens de janeiro 4, 2015

Pra você

Imagem
Eu poderia dizer todas as coisas do mundo, vasculhar os dicionários e neles selecionar todos os vocábulos para expressar os meus sentimentos. Eu poderia materializar a minha alma, o que ela viu vê e pensa a seu respeito. Ah, quantas coisas eu não poderia te dizer! Falando ou calado, beijando ou sorrindo, caminhando ou parado. Se eu pudesse pegaria um raio do sol todas as manhãs e te daria de presente para ele brilhar na sua presença e expandir a sua beleza. Gosto de você e não me escondo. Vejo-a com bons olhos e a respeito. Sua simplicidade toca o meu peito como címbalo. Não me calo para você, não me revolto e nem a desprezo porque não a tenho... Ontem a lua estava folclórica e sob os seus raios estava a minha compreensão (uma fase do amor). Não sei o que pensará a esse respeito. Se a flecha grega trespassou o coração para outra face, é uma pena! É um lamento nos ossos. Quando alguém me pergunta se eu ando apaixonado, eu rio no canto da boca, proíbo a minha al

Outros olhos

Imagem
* Eu vi dentro dos meus olhos outros olhos. Eles estavam lacrimejados. Aqueles olhos tinham neblina e estavam fatigados dos dias. Aquela carne se mostrou frágil perante mim. O meu espírito não se conteve. A minha face transfigurou-se em formas geométricas e vi o quanto a vida é dura para os que vivem nesse mundo a espera de um ouvido. Queria um ouvido, mas as pessoas a sua volta não queriam emprestá-lo. Antes abriam a boca para a peçonha das palavras. E depois caem fora. * Ronaldo Pereira, 051103. PORTO LITERÁRIO, ANO II – N.º 56 – DE 23 OUTUBRO/ 2003.