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Mostrando postagens de dezembro 18, 2011

Galrão

Eram sete horas da manhã. Desci a rampa do porto, entrei na lancha e sentei. De onde estava, via o céu nublado e nele um arco-íris enfeitando a manhã. Enquanto folheava a Gramática, uma mulher conversava o tempo todo como se tivesse necessidade de fazer aquilo durante toda a viagem. Com o cigarro entre os dedos e os lábios, chamava a minha atenção. Olhei algumas vezes para ela, para a pose que só os fumantes têm, dei uns sorrisos contidos e retornei para a Gramática, deliciando-me com os verbos de ligação. E porali fiquei alternando de um estado para outro, sem me incomodar com a trepidez da lancha, nem com a tagarelice dela.

Poema I

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Dentre o barro e o asfalto surge a minha poesia, de rústico pedregal e perfume de eucalipto. Wellingto Liberato dos Santos

A etérea

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Existe um rio de calma em ti. Circula sobre ti um céu anilado Um bocejo sem pressa Um riso agraciado. Os modos de você se portar fixam sua personalidade genérica Na sua geometria exponencial de ser. Você tem no corpo a essência dos bálsamos do mar, o cheiro saboroso do limão - Em você todos os pensamentos que me inspiram sublimição. Wellingto Liberato dos Santos