Rascunho 1
Vai dos meus olhos e deles vêm a onda chamada amor Quebrando-se delicadamente nos meus pés… Acontece que Posêidon revoltado estar, Agitando-se e agitando as ondas desse mar E muitos rostos púberes não sabem nada-r Do frágil desamor Do mártir úmido De um coração incolor. No peito está sepultada a bomba em fibras pulsantes de uma Hiroshima… Destruiu a luz, roubou a flor e, por fim, matou a boba no cogumelo atômico do amor. Rascunhos, 1999.