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Mostrando postagens de maio 22, 2011

Rascunho 1

Vai dos meus olhos e deles vêm a onda chamada amor Quebrando-se delicadamente nos meus pés… Acontece que Posêidon revoltado estar, Agitando-se e agitando as ondas desse mar E muitos  rostos púberes não sabem nada-r Do frágil desamor Do mártir úmido De um coração incolor. No peito está sepultada a bomba em fibras pulsantes de uma Hiroshima… Destruiu a luz, roubou a flor e, por fim, matou a boba no cogumelo atômico do amor. Rascunhos, 1999.

A compreensão do conhecimento

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  "A vida sem reflexão não merece ser vivida" Sócrates   Estive pensando estes dias nas incertezas que me vêm à cabeça sem que eu espere ou queira. As incertezas da Ciência, do Céu, do inferno e da Política. Pergunto a mim o que faço aqui, neste mundo que perdeu a graça diante das minhas retinas fatigadas pela incompreensão do homem pelo homem. Os meus pés dormem dentro do tênis ou sapato. Às dores o acompanham, os passos pisam com força as calçadas. O meu peito não precisa de clichês para expressar os infortúnios, as pegadinhas que estão na vida e dela fazem parte.   Sei que depois do cansaço a gente se depara diante do espelho e vemos o quanto somos ínfimos, atrasados, doentio. Eu gosto do espelho porque ele revela a cada dia que as pessoas se vão, que outras virão. Que por trás deste vai e vem há esqueletos. Todos, um dia, perderemos o sorriso, os dentes, a alegria. Apenas nos restarão as quedas e as farmácias. A gente busca coisas, nomes, soluçõ