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Uma homenagem à Propriá em forma de Poesia

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  Estrela Formosa Autor: Ruan Vieira   Fundada em 7 de fevereiro de 1802 Às margens de um Rio sagrado Vivendo da pesca e do plantio do arroz A cidade foi crescendo por todo lado Com teu belo Rio a embelezar Trazendo turismo e muita riqueza Foi-se nascendo a tímida Propriá Que doravante viria a ser Princesa A princesinha do São Francisco! Assim ela ficou conhecida;  Pela beleza da tua Orla, do teu Rio  Jamais há de ser esquecida Cidade do Bom Jesus  Da Catedral e da alegria  Da fé que nos conduz No caminho da harmonia Cidade do Velho Chico  Com Santo Antônio padroeiro  Princesinha do São Francisco  Repleta de um povo guerreiro Filha de Sergipe, a famosa Nos encanta a tua luz a brilhar Da natureza, o teu céu cor de rosa Faz de ti mais bela, Propriá Quem te conhece, há de se lembrar De como tu és formosa; Quem por aqui passa, quer ficar Nesta cidade maravilhosa: Salve! Salve! Propriá. (Poema escrito em 05/02/2023 em homenagem à cidade de Propriá, celebrando os seus 221 anos em 07/02/2023)

A última dor da existência

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Todo suicida tem uma história. O suicídio nunca deve ser espiritualizado. o primeiro capítulo da história do suicida é a ansiedade. Aquela ansiedade que causa angústia, sofrimento e que está presente no cotidiano de quem sofre com isso. O segundo capítulo é a depressão. Um dos sinais visíveis da depressão é o choro sem motivo algum, isolamento, perda de prazer por coisas que a pessoa fazia normalmente. E por último, o suicídio que, segundo o Dr. Augusto Cury, "é a última dor da existência". Geralmente o suicida dar o seu SOS dizendo para parentes, amigos que vai se matar entre outros fatores. É preciso estar atento a tudo isso. Publiquei em meu blogue este artigo de opinião sobre este assunto: Os especialistas em suicídio . Nele, critico as pessoas insensíveis e tolas que, ao invés de compreender essa condição da existência humana, preferi apedrejar como naquele episódio bíblico. Bom seria que as pessoas lessem mais sobre este tema. Deixasse todas as amarras, especificament

Denízia Kawany Fulkaxó lança o terceiro livro de seu Contos Indígenas Kariri-Xocó

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Denízia estreou na Literatura com seu primeiro livro de Contos Kariri-Xocó. Um livro que enriquece a causa indígena pela forma como se conta o cotidiano e o modo de a comunidade Kariri-Xocó entender a vida, desde a invasão até os dias de hoje. De lá pra cá, ela continua nessa labuta: divulgar a cultura dos povos originários e sua luta, usando um dos meios mais agradáveis, pelo menos para mim, que é o uso da palavra. Conheço Denízia e vê-la lançar mais um livro sobre o seu povo, conterrâneo meu, é uma satisfação grande. Também leva o nome de nossa cidade, Porto Real do Colégio, para outros espaços. Denízia, além de escritora, é pedagoga, advogada e uma lutadora pela causa indígena. Há 10 anos compartilha o cotidiano indígena ao público infarto-juvenil. O lançamento do livro acontecerá nesta quarta-feira, 10 de maio no Shopping Jardins. Segundo a Infonet : “Seu terceiro livro da coleção Kariri Xocó – Contos Indígenas serão apresentados para o público sergipano. O evento  aconte

Resenha do Livro "Preconceito Linguistico: o que é, como se faz?"

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O livro “O preconceito linguístico: o que é, como se faz” aborda, de modo geral, uma temática social que, inclusive, nomeia a obra. Apesar de um teor teórico e normativo a respeito do português brasileiro, o autor buscou criar um material acessível, com uma linguagem mais simples e entendível, visando leitores letrados e pouco letrados. Importante intelectual brasileiro, Marcos Bagno, tem inúmeras publicações sobre a língua falada no país, como “A língua de Eulália”, “Gramática de bolso do português brasileiro", entre outras. Além de professor e escritor, é também linguista e doutor em filologia. Em o “Preconceito linguístico: o que é, como se faz”, publicado em 1999, Bagno retoma questões sociolinguísticas de maneira mais imersiva em comparação a seu outro livro, “A língua de Eulália” de 1997. Essa obra publicada em 1999 está vinculada aos estudos linguísticos, mais específico sociolinguístico, sobre o português, trazendo uma visão crítica sobre a gramática, sobre os gramáticos e

Posse de Franklin Ribeiro - Academia de Letras de Propriá

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04.02.2023 O escritor Ron Perlim, como sempre, acompanhado de sua bela esposa e filho, esteve presente na posse de Franklin Ribeiro Magalhães na Academia Propriaense de Letras, Artes e Ciências para ser patrono de AméricoSeixas. Antes de se tornar membro dessa casa, Franklin é membro do CCP (Centro de Cultura de Propriá) e um dos organizadores da Flipriá (Festa Literária de Propriá). Aqui, destaco trecho de sua fala: (...) inda outro dia, durante a realização da primeira Festa Literária de Propriá, a Flipriá, [1] construída pelo Centro de Cultura de Propriá, entidade da qual faço parte e cujos membros aqui se fazem presentes, tive a profunda tristeza ao me deparar com a realidade desse apagamento cultural e histórico, ao relatar para os presentes a invasão da catedral, no início dos anos 1980, quando a grilagem portou armas para tentar emudecer a luta dos indígenas pela reconquista da sua terra e constatar que quase ninguém sabia desse fato. Esse sentimento e o incentivo de

Solar de Camuciatá

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O fazendeiro Cícero Dantas Martins, nascido em 1838, foi o fundado do casarão, onde viveu por muitos anos. Designado bar]ao de Jeremoabo em 1880 por ordem do imperador D. PedroII, Cícero se tornou um homem de grandes posses no final do século. Adquiriu dezessete fazendas só em Itapicuru. Mantinha outras doze em Bom Jesus, município que depois foi rebatizado justamente como Cícero Dias. O poder político de Cícero sofreu um abalo a partir de 1874, com as andanças do beato Antônio Conselheiro (1830-1897). A pregação arregimentou lavradores por todo sertão, esvaziando propriedades da região. Em pé de guerra, os velhos “cononéis” pediram ao Exército o fim do arraial de Belo Monte. Cícero tinha verdadeiro ódio pelo Conselheiro, do que são prova algumas das cerca de 3 mil cartas deixadas pelo barão no Solar de Camuciatá. No auge do conflito, em agosto de 1897, o barão lembrou, em carta enviada a um compadre, ter sido um dos primeiros a advertir sobre a ameaça. Disse ter sido criticado injust

Irmã da covardia

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Era de madrugada no povoado Alecrim quando Felipe bateu desesperado na porta da casa de Ivan. A porta foi aberta, mas a cara e o coração estavam fechados. Isto era visível nas formas geométricas da face dele. Felipe nem importância deu porque para ele a única coisa que importava era a mulher que estava prestes a parir. Ivan alegou que não poderia dar assistência porque os faróis do carro estavam com problemas e que havia pouca gasolina no tanque. Sem dar importância aos apelos de seu concidadão e eleitor, simplesmente disse que não podia atendê-lo; voltando-se para os seus aposentos resmungando: “Dei aquele infeliz o telhado da casa e no dia da eleição ele ainda veio me pedir dinheiro. Esse povo é assim: se a gente deixar, tira o nosso couro”. Felipe, angustiado e vendo a mulher se contrair de tanta dor, foi às pressas a casa do cunhado e o chamou para lhe dar socorro. Ao chegarem, carregou a esposa até às margens do rio São Francisco, pondo-a em um barquinho, remando rio ab