O carro de som convocava, em nome do candidato, eleitores para mais um roteiro eleitoral. As caras saiam estampando adesivos nos peitos e bandeiras, seguindo para o lugar onde costumavam se reunir. No posto, os caminhões, caminhonetas, vans, ônibus, micro-ônibus e motos iam se amotoando para receber ordens de gasolina. Enquanto eram abastecidos, havia bebida, euforia, batuque, aperto de mãos, vitória certa. Abastecidos, partiram pela BR-101. Das janelas dos ônibus, micro-ônibus, carros populares, caminhões e caminhonetas, eles carregavam estandartes com alegria, regojizo, paixão que, para mais tarde, tornar-se-iam um tormento, uma frustração. Chegaram ao seu destino. Os eleitores desceram, foram por uma senda, atravessaram um riacho de águas da cor da terra, subiram uma ladeira empolgados e eufóricos com a campanha, entraram pela única cancela do povoado; espalhando-se pela pequena rua de barro. No lado direito da rua, a uns cinco metros; havia uma casa de taipa cercada por estacas e