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Lançamento do livro Chico, o Velho. Cedro de São João. Sergipe

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Dia 02 de dezembro de 2023. O escritor Ron Perlim esteve presente no Centro de Cultura Maria Conceição Nunes, localizado na cidade de Cedro de São João, Sergipe para a noite de lançamento da 2ª reimpressão do livro Chico, o Velho  e um bate-papo com o professor de História e pesquisador Eribaldo Vieira de Melo (Badinho). Marcléa O. R. de Lima A abertura do evento foi feito pela a esposa do autor, Marcléa O. R. de Lima que leu uma nota biográfica de Ron Perlim, convidando-o para fazer parte do bate-papo e em seguida o professor Badinho.  Ron Perllim e Badinho O bate-papo iniciou com a pergunta sobre quando o escritor teve gosto pela leitura.  Ron Perlim disse que, por ter quebrado o braço e não poder estar como amigos fazendo travessuras, passa a maior parte do tempo em casaa e por isso, lia bastante; mas o livro que o marcou foi o Caso da Borboleta Atíria, de  Lúcia Machado de Almeida. Depois dessa leitura, não parou mais. O autor também discorreu sobre outros livros de sua autoria e a

A comida preferida dos orixás

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  Nina Horta Você sabia que no candomblé (a religião trazida pelos africanos iorubas e praticada até pelos descendentes), cada orixá ou divindades tem seu prato preferido? Veja suas preferências: EXU – recebe o padê, que consiste em farofa, pipoca, feijão, inhame, mel, gim, azeite de dendê e aguardente. OGUM – xinxim, feijoada, acarajé e milho branco. OXALÁ – arroz, arroz pilado, mel e milho branco sem tempero. OXÓSSI – milho branco e amarelo, acaçá, coco, peixe de escamas, arroz, feijão, e mel de milho. OSAAIM – milho branco e vermelho, acaçá, arroz, feijão, farofa e azeite de dendê. OXUMARÉ – comidas secas, milho branco, acarajé, coco, mel, feijão, dendê e ovos. OMULU – muito dendê e pipocas. XANGÔ – quiabo com camarão seco e dendê, arroz, feijão e farofa. OXUM – feijão fradinho, ovos, mel, milho branco. IANSÃ – milho branco, arroz, feijão, acarajé e dendê. OBÁ – ovos, acarajé, farofa de dendê. NANÃ – milho branco

A Carne mais barata do Brasil

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( Pobres e os ossos. Por Duke .) Dormi de barriga vazia  e acordei com fome.  Levantei e fui até a cozinha;  procurei por comida no armário…  estava vazio,  Abri a geladeira, não tinha nada  Só gelo, só gelo.  Decidi sair e fui até o comércio  Saí de mãos vazias,  Igual eu vim ao mundo,  De mãos abanando.  Eu passei pela rua do açougue  e vi escrito em letras grandes  "A carne mais barata do mercado é a carne pobre"  Uma paráfrase, uma paródia?  Não consegui lembrar;  Estava faminto, tremendo  Nervoso, já quase desmaiando.  Mas fiquei surpreso com a fila de gente  Pensei: Esse povo todo pra comprar carne?  Eu estava enganado. Eles não foram comprar,  Foram pedir, assim como eu;  Estavam famintos, passando mal  Estavam envergonhados, constrangidos;  Mas a fome que é obscena  Já dizia um pensador...   Se era pra eu sentir vergonha, não senti;  Diante de tanta gente na mesma desgraça  Eu senti foi medo e quase caí em desespero  E se não sobrar pra mim?  E se não sobrar pra mim?

II Flipriá. O escritor e as novas tecnologias: ChatGPT

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Carlos Alexandre e Ron Perlim O escritor Ron Perlim participou no dia 26 de outubro de 2023 de uma mesa de debates na II Flipriá (Festa Literária de Propriá). A mesa foi composta pelo autor e por Carlos Alexandre, escritor e presidente da Academia Gloriense de Letras. A mesa foi mediada por Renison Félix, Secretaria Municipal de Cultura, Juventude e Desportos de Propriá, Sergipe. Carlos Alexandre, Ron Perlim e Reninson Félix Auditório da AABB O tema debatido foi: O escritor e as novas tecnologias. ChatGPT .  Em sua fala, Ron Perlim deixou claro que os escritores não devem temer o  chat, nem ignorá-lo; mas ser capaz de tirar proveito dessa ferramenta. Para ele, é um nova forma de busca organizada de conteúdos com amplas  possibilidades se o usuário for capaz de produzir sentenças corretas e adequadas para o que se pretende. Auditório da AABB

Discurso, História, Ideologia e sua relação com a linguagem

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Em seu livro Análise de Discurso: Princípios e Procedimentos, (2015); Eni P. Orlandi, nas primeiras páginas, apresenta reflexões acerca da linguagem, além disso, efetua observações no que se refere aos impactos que os fatores externos (sociais) podem gerar para o discurso. Somos seres complexos e falhos por natureza, consequentemente, a linguagem, assim como nós, está sujeita a equívocos. Como estamos inseridos em uma sociedade composta por diversos indivíduos, iremos nos deparar não só com diferenças culturais, inclusive, variadas formas de pensar, mas também com semelhanças; com histórias e ideologias, com outros. Podemos notar ou não, mas temos uma forte ligação com a linguagem, uma vez que fazemos parte dela e ela de nós. Logo, se pensarmos em neutralidade numa sociedade tão diversificada com indivíduos que estão inseridos na história e também são interpelados pela ideologia, iremos notar uma demarcação ou até mesmo uma tendência pessoal de significar o mundo e isso se mostra na li

Série de poemas intimistas em alusão ao Setembro Amarelo

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  Preocupados com a campanha nacional de prevenção ao suicídio, nós do blog Ron Perlim publicamos uma série de poemas intimistas, de autoria do escritor e poeta propriaense Cleno Vieira, em que são trabalhados diversas temáticas sentimentais propícias ao que prega a campanha. Ei-los: Bifurcação Separando o tempo da jornada, Fico eu extenuado, exaurido, acabado A poeira do caminho imenso Suja-me os pés nessa estrada. E quebrado, vou chorando do nada Caminhando sem direção, E assim vou percebendo Que ela me chama à vida. Ergo-me, firme e com esperança Em busca de uma solução Um destino a ser seguido Aquele que vem da alma Na clareza do coração. Mar vazio Ondas do mar Atlântico, Tudo está vazio, Para onde corre este mar? O mar que recebe o rio. Onde ela estará? Ela, por quem choro e riu, Sei que tudo cheio estará Quando voltar a ver seu brilho. Submersos Submersos na realidade densa Assim são os destinos que a vida dispensa Pessoas comuns, buscando o seu lugar Num vasto oceano a navegar

Preconceito Linguístico ou Social?

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Ainda hoje há aqueles que tratam a língua como um objeto à parte, que tem vida própria; esquecendo-se de considerar os indivíduos que a utilizam. Para que uma língua exista, é preciso que existam seus falantes. Muitas línguas indígenas, por exemplo, morreram com os seus falantes ao longo do tempo, outras sobreviveram e ainda estão ativas, pois ainda há falantes que se utilizam dessa língua. Apesar de Saussure, linguista genebrino, focar seus estudos na língua e fazer pouco caso dos indivíduos, ele dizia que a linguagem possui duas faces e que ambas se correspondem e uma não vale senão pela outra. Ou seja, subentende-se que há sim uma certa relação entre o indivíduo e a sua língua, pois, esse individuo, a partir da fala, vai se remeter à língua, pondo em prática a sua capacidade de se utilizar dela. A partir do uso individual de cada um, e vale destacar que cada falante tem um modo particular de fala, é que surge no meio social formas variadas de comunicação, dizeres ou expressões com