A
poesia é um dom supremo. O poema é a transfiguração da poesia da
palavra em matéria concreta, real, transposição de sentimento em vida.
Saber transformar poesia em palavras é dom, é mais que dom, é técnica,
perseverança, obstinação, prazer de criar, recriar, produzir e
reproduzir. Gerar o fruto da palavra-sentimento, gerar o sentimento da
palavra.
Em
mais uma obra fantástica, Ronaldo Pereira, poeta incansável na busca da
expressão poética do mundo, revela ao mundo da poética o sentimento de
observador do mundo, da vida, da essência da vida, do "Sentimento do
mundo", transfigurado em matéria irreal: a poesia.
O poeta é uma antena que capta diversos mundos e os refaz em um único ser: a vida. Vida refeita na palavra saída da Agonia Urbana que vai mergulhando na delicada missão de existir numa Menina que passa, atravessando a Tempestade em copo d'água, como tantos "raimundos", Meninos de algodão que têm Fome de estômago e de bola, mas, que são alimentados pela "vela" que ilumina uma sociedade condenada a viver blindada por seus medos, Tecendo dias, Um após outro, numa Evasão que dá "para tudo um tempo" de se ver e se rever na Fotografia da vida dividida entre A dívida e o perdão.
O poeta é uma antena que capta diversos mundos e os refaz em um único ser: a vida. Vida refeita na palavra saída da Agonia Urbana que vai mergulhando na delicada missão de existir numa Menina que passa, atravessando a Tempestade em copo d'água, como tantos "raimundos", Meninos de algodão que têm Fome de estômago e de bola, mas, que são alimentados pela "vela" que ilumina uma sociedade condenada a viver blindada por seus medos, Tecendo dias, Um após outro, numa Evasão que dá "para tudo um tempo" de se ver e se rever na Fotografia da vida dividida entre A dívida e o perdão.
A vida com os retoques de uma grafia questionadora, interrogativa, que nos dá o Aviso que no Mundo contemporâneo há Inimigos dos sonhos e das pretensões do amor com todos os seus problemas, mas com a certeza de que Há para tudo um tempo, Matando na unha o que não seja amor, sonho, fantasia: poesia.
A vela poética de Ronaldo nos instrui a viver um Poema gráfico,
nos leva a uma leitura de nós mesmos quando nos voltamos para a
essência do viver humano e nos perguntamos: o que estamos fazendo aqui?
A
resposta pode ser: estamos vivendo, estamos nos deleitando com a
leitura do que há de mais poético na vida - o viver e se emocionar com a
vida. O tempo fere, mas nos dá tempo de curar feridas. O tempo, a
sociedade, o mundo, a vida...
DILMA MARINHO DE CARVALHO, professora especialista em Literatura Brasileira, leciona na rede pública municipal de Maceió e no Ensino Médio da rede Estadual. Ministra atualmente as cadeiras de Literatura Brasileira I no curso de Letras e Leitura e Produção de Texto no curso de Pedagogia, ambos da Faculdade de Formação de Professores de Penedo – Fundação Eduacaional do Baixo São Francisco Dr. Raimundo Marinho.Maceió, março de 2009.
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