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Isso não é um filme americano

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Nesta entrevista, que se encontra no final do livro Isso não é um filme americano , Lourenço Cazarré aborda males da sociedade brasileira que estão bem enraizados e que veio com toda a força nestes últimos dias. Males como a cultura da violência, desemprego, interferência da mídia na vida dos cidadãos e o desejo de vingança. O autor fala um pouco desses temas na entrevista que segue:  A violência, tema do livro, está no centro das discussões sobre o Brasil de hoje. O que você quer dizer com a expressão "cultura da violência"? Numa sociedade em que impera a cultura da violência, as pessoas resolvem seus conflitos aos murros, na facada, à bala. É isso que se vê em muitos filmes norte-americanos. A cultura da violência impera, por exemplo, nos desenhos animados que nossas crianças assistem. Neles, as agressões são ininterruptas e gratuitas; a morte é banalizada, vulgarizada. No Brasil, a violência se expande porque - entre várias outras causas - não temos um bom s

Não sei o que fazer do que vivi

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Clarice Lispector "Estou procurando, estou procurando. Estou tentando entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda. Não confio no que me aconteceu. Aconteceu-me alguma coisa que eu, pelo fato de não saber como viver, vivi uma outra? A isso quereria chamar desorganização, e teria a segurança de me aventurar, porque saberia depois para onde voltar: para a organização anterior. A isso prefiro chamar desorganização pois não quero me confirmar no que vivi - na confirmação de mim eu perderia o mundo como eu o tinha, e sei que não tenho capacidade para outro".  Lispctor, Clarice. Paixão Segundo G.H , Record.

Em que classe de autor você se enquadra?

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Também se pode dizer que há três tipos de autores: em primeiro lugar, aqueles que escrevem sem pensar. Escrevem a partir da memória, de reminiscências, ou diretamente a partir de livros alheios. Essa classe é a mais numerosa. Em segundo lugar, há os que pensam enquanto escrevem. Eles pensam justamente para escrever. São bastante numerosos. Em terceiro lugar, há os que pensaram antes de se pôr a escrever. Escrevem apenas porque pensaram. São raros. . SCHONPENHAUER, Artur. A Arte de Escrever. Porto Alegre: L&PM, 2009. p. 57

Projeto Arte da Palavra

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Oscar Nakasato e Ron Perlim Estive na Uneal (Universadidade Estadual de Alagoas), em Arapiraca. Participei do projeto Arte da Palavra – Rede Sesc de Leituras, Circuito de Autores com  Oscar Nakasato (PR) e Manto Costa (RJ) para uma roda de conversas. Oscar Nakasato trouxe o tema da imigração japonesa em seu livro Nihonjin , premiado pelo Jabuti de 2012. Manto Costa em seu livro de contos Circo de Pulgas, vencedor do Edital da Biblioteca Nacional, trouxe a questão do negro na literatura e a sua invisibilidade. No decorrer da palestra muitas indagações foram feitas, os temas se entrelaçaram por alguns instantes, predominando o papel do negro na sociedade, as várias formas de preconceitos os quais estão submetidos. Manto Costa e Ron Perlim A cultura japonesa, representada por Nakasato ficou de lado, não por preconceito; mas pela intensidade e a presença do debate que a questão afrodescendente suscitou.

Nunca deixer de ler

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Gabriel Perissé  e a cura da Literatura para tudo. Uma belíssima reflexão que você poderá assiste no vídeo que segue. Arrume um tempinho para ele. Aprender, como se diz, nunca é tarde.

Como é feito um livro

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Mirna Pinsky , neste vídeo, faz a seguinte pergunta: onde começa um livro?  Para saber qual é a resposta que ela tem para nos dar, assista ao vídeo. Você terá uma clareza maior de como se produz um livro nos nossos tempos e como eles surgiram. A narração de Mirna não é qualquer uma, pois, as ilustrações nela inseridas enriquecem e dar vida a história desse amigo inseparável de muitos, mas que deveriam ser de todos.