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Nenhum artista domina sua arte

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José Castello, escritor. Por José Casttelo . "Nenhum artista domina sua arte. Há a frase infernal de Clarice Lispecto, que não cessa de assombrar os escritores: 'Não sou eu que escrevo meus livros, são eles que me escrevem'. Um escritor pode dominar uma língua, pode dominar técnicas de narrativa, pode dominar conhecimento literário. Nada disso garante que ele seja um escritor. O escritor que espera dominar sua arte está condenado . A quê? A ser tudo, menos um escritor. Consola-se com um ideal inatingível, mas tudo o que escrever estará aquém desse ideal. Cria, na verdade, uma mordaça para si mesmo. Corre o risco de, um dia, desistir de escrever. De matar o escritor que carrega dentro de si". QUIROGA, Horácio. Decálogo do perfeito contista. Organizadores: Sérgio Faraco & Vera Moreira. Comentarios Aldyr Garcia Sclee et al. Porto Alegre, RS: L&PM, 2009. p. 30.

Literatura: conhecimento pela imaginação

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Neste vídeo, várias são as definições do conceito de Literatura. Elas se distinguem daquelas que a gente costume ver nos livros. Vale a pena dar uma espiada nele, compreender a importância da Literatura para as pessoas.

Para que tantos filhos?

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Os filhos, os muitos que tivera e criara não lhe fazia uma visita, não davam um telefonema, nem um cartão para o vizinho ler para ele. Isso dilacerava o peito dele, largando-o ao abandono e a depressão. Sentado à mesa com a face entre as mãos, sentia as lágrimas rolaram; seguidas de um único soluço. Muitos eram os pensamentos. Bastante as angústias. Turbado, indagava a si: “Onde foi, meu Deus, que errei? Que pecados cometi para ser castigado desse jeito? Se não fosse o meu vizinho, o que seria de mim? Para que tantos filhos?” Essas indagações rondavam a cabeça dele e elas mexiam, remexiam o desgosto no mais profundo do peito. Para ele, não havia sentido algum viver. No outro dia, o vizinho não o viu na cadeira, como era de costume. Mas achou que ele poderia estar dentro de casa, fazendo alguma coisa. A mesma cena se repetiu no dia seguinte. Desconfiado, chamou o filho e pediu que fosse ver se estava tudo bem com Pedro. Sem retrucar, atendeu num instante o pedido do pai. Ao

Pra que serve trabalhar tanto nesta vida

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Vida ou Morte? A cadeira rangia. Ela reclama va por conserto, deixando ele incomodado e mal-humorado. Dela, ouvia-se o último coaxar dos sapos vindos do quintal que dava numa lagoa. Nisso, lembrou-se da quela criança que viveu vida dura nos canteiros, nos lotes de arroz e na pescaria. Percebeu que a sua migração para a cidade frustrou suas perspectivas de uma vida melhor. Com a cabeça cheia, precisar sai r . Ficar em casa só seria receber cobranças da mulher e dos fiadores. E para isso, ele não estava pronto. Na rua, a ndava sem rumo; até se debruça r no cais de arrimo e dele observar um pé-de-matafome cheio de vagens verdes e avermelhadas pronto para pardais vindos de todas as partes. Mas foi uma criança, às margens do rio, descalça, de short azul e sem camisa que chamou a sua atenção. Ela levava no ombro um jereré para pescar saburica em meio ao lodo, dejetos humanos, bolsas plásticas, garrafas descartáveis presas às orelhas-de-burro e caramujos em abundânci

Dicas de conteúdo para seu site

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  Sidney Guerra trabalha com livros faz anos. Tem experiência na área e as dicas deixada por ele neste vídeo são úteis. Assista ao vídeo e veja o quanto é importante manter um website sobre o livro ou livros que você pretende publicar.

Pra você

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Eu poderia dizer todas as coisas do mundo, vasculhar os dicionários e neles selecionar todos os vocábulos para expressar os meus sentimentos. Eu poderia materializar a minha alma, o que ela viu vê e pensa a seu respeito. Ah, quantas coisas eu não poderia te dizer! Falando ou calado, beijando ou sorrindo, caminhando ou parado. Se eu pudesse pegaria um raio do sol todas as manhãs e te daria de presente para ele brilhar na sua presença e expandir a sua beleza. Gosto de você e não me escondo. Vejo-a com bons olhos e a respeito. Sua simplicidade toca o meu peito como címbalo. Não me calo para você, não me revolto e nem a desprezo porque não a tenho... Ontem a lua estava folclórica e sob os seus raios estava a minha compreensão (uma fase do amor). Não sei o que pensará a esse respeito. Se a flecha grega trespassou o coração para outra face, é uma pena! É um lamento nos ossos. Quando alguém me pergunta se eu ando apaixonado, eu rio no canto da boca, proíbo a minha al

Outros olhos

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* Eu vi dentro dos meus olhos outros olhos. Eles estavam lacrimejados. Aqueles olhos tinham neblina e estavam fatigados dos dias. Aquela carne se mostrou frágil perante mim. O meu espírito não se conteve. A minha face transfigurou-se em formas geométricas e vi o quanto a vida é dura para os que vivem nesse mundo a espera de um ouvido. Queria um ouvido, mas as pessoas a sua volta não queriam emprestá-lo. Antes abriam a boca para a peçonha das palavras. E depois caem fora. * Ronaldo Pereira, 051103. PORTO LITERÁRIO, ANO II – N.º 56 – DE 23 OUTUBRO/ 2003.

Eu quero minha biblioteca

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O vídeo que compartilho com vocês faz uma retrospectiva da escrita, desde a invenção dela até a impressão de livros e sua preservação em bibliotecas. Este vídeo tem o apoio do MBL (Movimento Brasil Literário). Leia o manifesto desse movimento e compreenda a importância dele na divulgação da leitura. 

Livro Viu o home?

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Acaba de ser publicado o livro “Viu o home?”, de autoria de  Ronperlim . Esse livro é uma coletânea de crônicas publicadas no site Tribuna da Praia desde 2007. Viu ohome ?  agradará a todos que gostam de um bom texto, especificamente aqueles que se interessam pela política. As personagens e ambientes têm como inspiração o Baixo São Francisco. Sobre o livro: A expressão Viu o home? é muito comum nas cidadezinhas. Ela identifica e valoriza os gestores públicos municipais.  É conhecido de quem fala e de quem ouve, além de expressar uma maneira de respeito, apreço. De forma geral, é a identidade de quem exerce o poder político e é conhecido da população.  O home , visto como alguém capaz de solucionar problemas de caráter político e eleitoral; mesmo que para isso seja necessário quebrar regras, desrespeitar costumes, violar leis. E deve estar pronto para isso.  É alguém supervalorizado, endeusado, cobiçado pelas vantagens que pode propiciar. Por isso não lhe falta c