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O escritor na livraria

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O Escritor na Livraria é organizado por Saracura na última semana de cada mês na livraria Escariz em Aracaju. Nesses encontros, os escritores expõe seus livros, trocam ideias, declamam. O bom de tudo isso não é só a perspectiva para vender, mas de conhecer gente nova, dialogar, trocar experiências. Dessa forma, a Literatura Sergipana anda nessa imensidão de títulos. Saracura, Isabel Melo, Ron Perlim... Jane Guimarães declamando Marta Hora Ron Perlim, Jane Guimarães, Marta Hora...

Ver com os olhos livres

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Em 1924 o inquietante Oswald de Andrade cravou no peito de parte da vampiresca elite intelectual e econômica brasileira - habituada a apenas sugar o sangue literário advindo da Europa e, depois, homorragicamente, expelir pedantes perdigotos - uma estaca certeira: o Manifesto da poesia pau-Brasil. Nesse inteligente panfleto bradou: "Nenhuma fórmula para a contemporânea expressão do mundo. Ver com olhos livres". Ver com olhos livres! No original do manifesto está em itálico, é a única frase destacada assim pelo próprio autor. É uma invocação, um grito, uma palavra de ordem. A defesa intransigente da possibilidade de olhar não reprimido, não constrangido pelo óbvio, um olhar que consiga transbordar e derramar-se para fora do o limita. CORTELLA, Mario Sergio. Não se desespere!: provocações filosóficas. 7 ed. - Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. pp.71-72

Lendo que se aprende

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O pequeno Santos Dumont adorava os livros de Júlio Verne . Era um romancista fabuloso. Como tinha imaginação! Júlio Verne contava histórias fantásticas. Para o mundo daquele tempo eram mais assombrosas ainda que as aventuras de Batman e Robin. Façam só uma idéia: os livros de Júlio Verne narravam viagens no fundo do mar e viagens pelo espaço sem fim. As pessoas mais velhas, que também gostavam de ler Júlio Verne, achavam aquelas idéias absurdas e impraticáveis. O menino Santos Dumont não acreditava em coisas impraticáveis. BARBOSA, Francisco de Assis. Santos Dumont inventor . Rio de Janeiro: J. Olympio, Brasília, INL, 1974.

V Encontro de Escritores Sergipanos

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O V Encontro de Escritores Sergipanos aconteceu no dia 11 de novembro de 2016, no Museu da Gente Sergipana, em Aracaju - Sergipe. Como vocês podem observar nas fotos, eu estive por lá. Revi alguns amigos, conheci outros e mais outros. Participar desses encontros é enriquecedor porque há gente de muitos lugares e cada uma delas tem algo para nos dizer. Ronperlim e Saracura Telma Costa e Marcléa Ronperlim, Marcléa e Antenor Aguiar Marcléa, Saracura, Ronperlim e Silvanira Marques

O que é preciso para ser um bom poeta?

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HenriquetaLisboa Vou resumir o que disse no capítulo “Formação do Poeta”, inserido em Vigília Poética : O poeta nasce com uma especial intuição; alimenta-se de sensibilidade; caminha pela imaginação; domina o sentimento; aperfeiçoa-se com o artesanato; joga com a inteligência; enriquece com a cultura; e atinge a maturidade através de uma peculiar concepção de vida. Assim, é de supor-se que, na formação do poeta, possuidor de graça intuitiva, se equilibram sensibilidade, imaginação e sentimento, a influxos de artesanato (consciência técnica profissional), inteligência, cultura e personalidade. STEEN, Edla Van. Viver e escrever: volume 3 . 2 ed. Porto Alegre, RS: L&PM, 2008. p.195.

O escritor e a sua participação política e social de seu país

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Osman Lins Você acredita que o escritor deve participar da realidade política e social de seu país? E essa participação não criaria uma espécie de conflito para o escritor de ficção?  Na Idade Média, a arte estava estreitamente ligada a religião, porque a vida era essencialmente religiosa. Hoje vivemos uma época essencialmente política. Sempre digo que até o gesto de se colocar um selo num envelope é um gesto político. Logo, a arte, seja qual for, não pode se distanciar desse universo. Tem que estar impregnada dele e de suas preocupações. Para escrever, o escritor reflete sobre a realidade do mundo onde vive. Refletindo é compelido a lutar de algum modo. Creio que o conflito se estabelece quando esse modo deixa de ser uma escolha para se tornar uma ordem. STEEN, Edla Van. Viver e escrever: volume 3 . 2 ed. Porto Alegre, RS: L&PM, 2008. p.158.