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Pés e pneus

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A brisa. A árvore. Os pardais. Pés e pneus chegam. Esperam de pé e de pneu. Vozes se cruzam. Gargalhadas. Murmúrio. A sirene toca. O portão se abre. As bolsas saem. Crianças são tomadas pelas mãos. Crianças riem. Outras não. Adultos riem. Outros não. A briga. A brisa.

O lado bom de escrever

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Neste vídeo você ouvirá uma variedade de depoimentos de escritoras nacionais, as experiências delas vividas com os leitores, a importância que eles têm e tiveram em suas vidas. Os depoimentos são interessantes. Assista-os!

Entrevista aos alunos do Dom Constatino

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Alunos e o professor da Dom Constantino Alunos da Escola Estadual Dom Constantino Luers, de Campo Alegre - Alagoas , me procuraram para conceder entrevista sobre o livro Viu o home?   Me perguntaram o porquê do título. Expliquei-lhe que é muito comum usar a pergunta “viu o home?” para se referir ao executivo municipal. E que esta identificação não se trata somente de epíteto, mas de alguém capaz de solucionar problemas, os mais variados possíveis. Disse-lhes, ainda, que o livro é uma coletânea de textos publicados no jornal sergipano Tribuna da Praia, desde 2007. Que o objetivo dele é tratar da política de baixo, isto é, o cotidiano eleitoral; especificamente sobre a mercantilização do voto e suas consequências. Após falar sobre o livro e seus aspectos políticos, falei-lhes sutilmente sobre o município de Porto Real do Colégio e pedi que eles navegassem no blog Urubumim .

Nenhum artista domina sua arte

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José Castello, escritor. Por José Casttelo . "Nenhum artista domina sua arte. Há a frase infernal de Clarice Lispecto, que não cessa de assombrar os escritores: 'Não sou eu que escrevo meus livros, são eles que me escrevem'. Um escritor pode dominar uma língua, pode dominar técnicas de narrativa, pode dominar conhecimento literário. Nada disso garante que ele seja um escritor. O escritor que espera dominar sua arte está condenado . A quê? A ser tudo, menos um escritor. Consola-se com um ideal inatingível, mas tudo o que escrever estará aquém desse ideal. Cria, na verdade, uma mordaça para si mesmo. Corre o risco de, um dia, desistir de escrever. De matar o escritor que carrega dentro de si". QUIROGA, Horácio. Decálogo do perfeito contista. Organizadores: Sérgio Faraco & Vera Moreira. Comentarios Aldyr Garcia Sclee et al. Porto Alegre, RS: L&PM, 2009. p. 30.

Literatura: conhecimento pela imaginação

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Neste vídeo, várias são as definições do conceito de Literatura. Elas se distinguem daquelas que a gente costume ver nos livros. Vale a pena dar uma espiada nele, compreender a importância da Literatura para as pessoas.

Para que tantos filhos?

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Os filhos, os muitos que tivera e criara não lhe fazia uma visita, não davam um telefonema, nem um cartão para o vizinho ler para ele. Isso dilacerava o peito dele, largando-o ao abandono e a depressão. Sentado à mesa com a face entre as mãos, sentia as lágrimas rolaram; seguidas de um único soluço. Muitos eram os pensamentos. Bastante as angústias. Turbado, indagava a si: “Onde foi, meu Deus, que errei? Que pecados cometi para ser castigado desse jeito? Se não fosse o meu vizinho, o que seria de mim? Para que tantos filhos?” Essas indagações rondavam a cabeça dele e elas mexiam, remexiam o desgosto no mais profundo do peito. Para ele, não havia sentido algum viver. No outro dia, o vizinho não o viu na cadeira, como era de costume. Mas achou que ele poderia estar dentro de casa, fazendo alguma coisa. A mesma cena se repetiu no dia seguinte. Desconfiado, chamou o filho e pediu que fosse ver se estava tudo bem com Pedro. Sem retrucar, atendeu num instante o pedido do pai. Ao

Pra que serve trabalhar tanto nesta vida

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Vida ou Morte? A cadeira rangia. Ela reclama va por conserto, deixando ele incomodado e mal-humorado. Dela, ouvia-se o último coaxar dos sapos vindos do quintal que dava numa lagoa. Nisso, lembrou-se da quela criança que viveu vida dura nos canteiros, nos lotes de arroz e na pescaria. Percebeu que a sua migração para a cidade frustrou suas perspectivas de uma vida melhor. Com a cabeça cheia, precisar sai r . Ficar em casa só seria receber cobranças da mulher e dos fiadores. E para isso, ele não estava pronto. Na rua, a ndava sem rumo; até se debruça r no cais de arrimo e dele observar um pé-de-matafome cheio de vagens verdes e avermelhadas pronto para pardais vindos de todas as partes. Mas foi uma criança, às margens do rio, descalça, de short azul e sem camisa que chamou a sua atenção. Ela levava no ombro um jereré para pescar saburica em meio ao lodo, dejetos humanos, bolsas plásticas, garrafas descartáveis presas às orelhas-de-burro e caramujos em abundânci