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Mostrando postagens com o rótulo Prosa poética

O vai, o vem

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A brisa é suave. As pessoas não vão e não vem sem as preocupações das metrópoles. Os pardais pipilam misturados aos roncos de alguns motores. Vão, vem e não se sabe a importância de cada um, o sentido por aqui, a permanência passageira. A brisa toca. Os pardais pipilam. As pessoas riem no vai, no vem de cada um.

Malinações do vento

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Ele vem tonto e com cara de bento. Lá, em sua morada, o mundo não pára nem brinca. Enfadado do cata-vento, saiu das hélices e foi parar nos galhos, nas ruas e nas saias. De saia em saia, o malino menino sem aljava ou seta aprontava com as garotas. Esse moleque aprontou com A menina de nariz arrebitado que logo surgiu com o bucho esticado.

Um pouco do tempo

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O tempo de doação e de anjo está se expirando. O tempo de compreensão mais lúcida está se aproximando. O tempo mal aproveitado e disperso está se organizando. O tempo feito de dor e angústia está amadurecendo. É o meu tempo, nada mais que meu tempo.