Postagens

Eleições e a troca de voto na República Velha

Imagem
  "(...), a questão da pobreza e da desigualdade no Brasil se mostra como algo gerado por um déficit histórico de cidadania em um país que viveu sob regime escravo por quatro séculos, no qual direitos civis e políticos existiam apenas no papel. Um bom exemplo são as eleições brasileiras, tanto no período do império quanto na república velha - a chamada república dos coronéis. As eleições eram escrutínios caracterizados pela fraude e truculência, onde os eleitores eram ameaçados por capangas ou trocavam seu voto por qualquer utensílio ou objeto". Referência: DANTAS, Humberto & Júnior, José Paulo Martins et al. Introdução à política Brasileira. São Paulo: Paulus, 2007. p.216

O poder de manipular

Imagem
Paulo Henrique Amorim, o PHA, do Conversa Afiada nos deixou em julho de 2019. Era jornalista e escritor. Com suas críticas bem humoradas, sarcásticas, deixou a sua contribuição para a democracia capenga do nosso país. Ele, que sempre nos alertou sobre o Pig, que não é porco (a), mas Partido da Imprensa Golpista. Compreender a mídia, seu funcionamento é dever de todo cidadão para evitar a manipulação; até porque ela também curti um fake news . De forma concisa, Paulo Henrique Amorim em sua imensa experiência, nos mostra o funcionamento dessa instituição, considerada o quarto poder .    Manteve por muitos anos o blogue Conversa Afiada. E  a luta continua. A vida segue e as pessoas simplesmente morrem.

Molhando a mão

Imagem
M.J. bordava redendê na sala de estar quando a vereadora Alícia surgiu sorridente. Pediu licença, entrou e disse : — Recebi seu recado. — Obrigado por ter vindo. Sente aqui, apontando para o sofá. Quer uma aguinha, um cafezinho? — Não. Obrigado Sem firulas, M.J. foi direto ao assunto: — Sabe o que é, mulé; minha menina se operou e tá precisando de medicamentos aí. Já fui no posto de saúde e você sabe como é: nunca tem nada. Por isso, recorro a você. O que você pode fazer por mim? — A senhora tá com a receita? — Tô! — Vá pegar pra eu dar uma olhada. E ela  foi num pé e voltou n’outro. Alícia pegou a receita das mãos dela, olhou, olhou novamente, coçou a cabeça com a caneta e disse: — Vou vê o que posso fazer. S aiu e  entrou no carro sem olhar para trás. Só que o “vou vê” nunca mais deu as caras. Por sorte, M.J. guardou uma fotocópia da receita,  entregue a outro parlamentar que  levou o casso para o prefeito. Este  se prontificou e m  solucionar o problema, ganhando o afeto e a fideli

Chico, O Velho

Imagem
Depois de percorrer os inúmeros caminhos que os diversos gêneros textuais oferecem, Ronaldo Pereira de Lima, o Ron Perlim, se inscreve, definitivamente, como um nome a ser firmado no cenário da Literatura voltada para o público juvenil com poemas e contos reconhecidamente premiados. Agora, a proposta é nos apresentar personagens ricos em sentimentos, em filosofias sociais contemporâneas, em contradições existenciais, traçando o perfil de seu povo, de seu lugar, da linguagem que comunica (mesmo quando não fala), que critica (mesmo quando elogia), que se mostra (mesmo quando se esconde), que vive vida real (mesmo que na ficção). Ronaldo traz em mais um de seus surpreendentes livros a mostra do que é a vida simples de um povo às margens do rio que há muito não é mais um rio, e sim um filete de esperança de um dia voltar a ser grande e abundante. Dilma M. Carvalho Chico, personificação do Rio São Francisco, sofre e deixa transparecer nas angústias de seus frequentadores, nas agonia

Academia Japoatenense de Letras e Artes

Imagem
Dia 23.11.2021 o escritor, professor e blogueiro Ron Perlim esteve na cidade de Japoatã, Sergipe. Foi participar de evento da Academia Japoatenense de Letras e Artes. A convite de Janda Lilian Tojal, a quem entregou o diploma a ela como novo membro daquela casa. Ron Perlim e Janda Lilian Naquela ocasião, depois de dois anos de pandemia, revi com satisfação Saracura e Domingo Pascoal. Velhos amigos de estrada literária.  Família Marron e Saracura Depois de os novos acadêmicos tomarem posse, houve o lançamento do livro da escritora e membro daquela academia, Cristina Medrade. Ron Perlim e Cristina Medrade

Mil blocos logo no início

Imagem
Publicado inicialmente em 2015 na Tribuna da Praia. Du resolveu pintar o cabelo de amarelo queimado. Na calçada, conversa com um, com outro e chama pelo nome dos que passam pela rua. Em seguida, se aproxima de onde estou; sentando ao meu lado . Perguntei o que ele achava do prefeito. Ele respondeu: “Não quero nem ouvir falá o nome desse homi”. A resposta crespa e raivosa dele não me fez recuar. Indaguei as razões de tanta raiva. Du ficou silente, mas resolveu abrir o coração. Me disse: “Minha avó... Perto de se aposentar. Precisou de R$ 50,00. Aí, ela falou com um conhecido dela. Ele não conseguiu arrumar o dinheiro. Aí, o conhecido da gente disse: ‘Não se preocupe. Vou falá com o prefeito’. Quando minha avó foi falá com o prefeito a mando desse conhecido, ele só deu R$ 20,00. Isso foi cinco meses depois da eleição”. Eu disse para ele: “Isso não é certo. As pessoas devem pedir para os prefeitos escolas boas, bons professores, saúde de qualidade, cidade bem cuidada, gerar e