15 de fev. de 2021

Pequeno grande livro

 Por Antônio FJ Saracura, 06 de abril de 2013, revisto em novembro de 2020.

(...)

Laura é um pequeno grande livro. Diz-se infanto-juvenil mas serviu para mim, um setentão quase, de grande aprendizado. Não sei quais os ingredientes essências para que um livro caia no gosto infanto-juvenil. Talvez esses que Ronaldo utilizou sejam alguns, pois me senti muito mais novo lendo o seu livro.

Dona Laura, ao estilo tradicional do povo simples, conta ao sobrinho, histórias. Casos clássicos que o povo assumiu, ou situações da comunidade. Sempre fechando com lições de vida engrandecedoras. E entra o nosso folclore rico para ajudar, com o lobisomem, o fogo corredor, a cobra mamadeira, o caipora, o rasga-mortalha, o casamento da raposa, a mulher do padre... Botijas, visagens, assombrações (daquelas que divertem mais do que assustam)... Etc, etc, etc.

Há diálogos singelos entre os moradores da comunidade...

Há cenários pintados com mágicas palavras...

“Laura” é livro para se adotar nas escolas e se ler em família nas bocas de noite.

 Fonte: Antônio Saracura - Sobre Livros Lidos.  LAURA, Ronaldo Pereira de Lima. Acesso em: 15 fev. 2021.

 

Leia Mais ►

16 de jan. de 2021

Aquela professora

Morria de dor de ouvido. Pálida, inquieta, não teve alguém que soubesse de alguma erva medicinal ou algum fitoterápico. Sem aguentar as dores, correu para os braços do vereador Abreu. Este, quando a viu, fez cara feia. Mesmo assim teve o prazer em ouvi-la dizer:

— Abreu, você pode me levar até a unidade de saúde. Tô apulso!

Ele, raivoso, olhou para a cara dela. O não chegou até a ponta da língua, recolhendo-se assim que pensou na quantidade de votos da família de Sandra.  A possibilidade de ela ficar lhe devendo favor era muito grande e um motivo para passar na cara, caso precisasse.

Abreu foi ao quarto, vestiu uma camisa, balbuciou alguma coisa para a mulher, que não estava de cara boa, e trouxe a professora para a cidade. Ao chegar, deixou-a para ser atendida e saiu insatisfeito. Poderia estar com a sua caçula nesse momento, pensou. Na rua, encontrou com uma conhecida e lhe disse:

— Você acredita que eu tive que sair de casa para trazer a professora Sandra para a unidade de saúde? Dei quinhentos reais aquela infeliz no período eleitoral e ela ainda vem me perturbar uma horas dessas. 

A conhecida, estarrecida, perguntou:

— Você deu quanto mesmo pra ela?

— Quinhentos reais. Uma pessoa que nem precisa. Agora me responda: tenho alguma obrigação com ela?

Ao que a conhecida respondeu de imediato:

— Claro que não! Quem já se viu uma coisa dessas?

— Sabe quanto foi a minha eleição? Noventa e seis mil reais. Um ou outro é que votou por amizade. Mas a maioria vendeu o voto. Até meus amigos de cachaça me pediram dinheiro pra votar em mim. É mole uma coisa dessas?

— Por isso, meu amigo, que eu não vendo o meu voto. Só assim, posso falar o que eu quero quando vocês fazem alguma coisa de errado, que prejudique o povo.

Abreu fingiu não ouvir o último travessão. Continuou a falar, a criticar os eleitores.

 


Leia Mais ►

1 de jan. de 2021

Papo Cultural com Eleniwton Farias

O Papo Cultural, mantido por Eleniwton Farias, proprianse, Graduando de Teatro-Licenciatura, UFS (Universidade Federal de Sergipe) em uma live no dia 26 de dezembro de 2020 recebeu o escritor Ron Perlim.

Confiram a íntegra desse bate-papo interessante sobre vários aspectos da Literatura Nordestina, alagoana e sergipana.


Leia Mais ►

30 de dez. de 2020

O autor fala de Sua Obra: Alberto Amorim

Alberto Amorim

José Alberto Amorim, nascido em Propriá-SE, graduado em História pela Universidade Estadual Vale do Acaraú -UVA, Polo Propriá (2009), Pós-Graduado em História da África e das Culturas Afro-brasileiras pela Faculdade Atlântico, Aracaju -SE (2012), Membro fundador do CCP-Centro de Cultura de Propriá e Presidente. Assumiu cargos de confiança no poder público na Prefeitura Municipal de Propriá: Secretário Municipal de Administração (2007-2010), Secretário Municipal de Cultura e Meio Ambiente (2011-2012), Secretário Municipal de Educação, Cultura, Juventude e Esporte (2020). Pesquisador da Ditadura Militar de 1964. É Idealizador, âncora e produtor do programa FM 104 Cultural.

1.    Como nasceu o livro “Um batim nas memórias de um menino propriaense”?

Sou propriaense, beradeiro naturalmente. Ao observar que, nessa minha cidade quase nada foi escrito sobre ela, lembrei-me de fatos vividos na infância /adolescência e resolvi rascunhar algumas das experiências passadas. Daí surgiu a ideia do livro. Muita ousadia!

2.    De que trata ou fala seu livro?

Um Batim nas memórias de um menino propriaense nos leva ao um mergulho no tempo da experiência de um garoto vivenciadas às margens da Princesinha do São Francisco. Em seu bojo, trago as brincadeiras, a religiosidade, cultura, sociedade e curiosidades, com objetivo de não apagar da memória histórica e, ao mesmo tempo, deixar registradas outras coisas boas da minha infância à beira do Opará.

3.    Saiba mais!

3.1   O livro Um batim nas memórias de um menino propriaense, publicado pela Editora Performace, Arapiraca, Alagoas. Seu lançamento está previsto para a primeira quinzena de 2021 que será no Coreto, ao lado do Estadual a partir das 19 horas. Terá a participação de de voz e violão de Saulo e Banzo.

3.2    Capa do Livro

3.3 Links

3.3.1  @blogue_do_ronperlim

3.3.2 Entrevista para a TV OOPS Canal 10 

Leia Mais ►