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Ron Perlim bate-papo com alunos da Fundação Bradesco

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Ron Perlim esteve na escola de Ensino Fundamental e Médio Fundação Bradesco na manhã do dia 04 de novembro de 2019, onde estudou nos meados dos anos 90, para bater papo com o alunado daquela instituição. Ron Perlim fala do livro O povo das águas Falou da importância que tem os livros para a vida, não somente de quem vive na escola, mas de todos. Deixou claro que o livro são guardiões do saber, das experiências de quem os materializa. Destacou que a leitura dos livros didáticos são para a vida profissional, enquanto os de ficção não é exclusivo dos clichês "Ler é bom", "Ler enriquece o vocabulário" e "Nos faz passear, viajar por outros mundos", mas destacou os benefícios que a leitura traz para a vida acadêmica, enriquecimento pessoal, ampliação do conhecimento e compreensão de coisas que acontecem... Depois de falar da importância do livro e da leitura, a palavra ficou para quem dela quisesse fazer uso. E muitos alunos fizeram. O bate-papo

Quem eram os tipógrafos

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A arte da impressão envolvia uma série de conhecimentos diferentes: mecânica para as prensas, fundição para as ligas, fabricação de papéis, formulação das tintas, técnicas de encadernação, conhecimento de diagramação, arte, além de muita cultura, conhecimento de outras línguas e escritas. Por tudo isso, os impressores, calígrafos e escribas era pessoas muito especiais e de grande importância na sociedade europeia. Constituíam uma elite de intelectuais que trabalhavam com as tecnologias mais modernas da época e não paravam de inventar máquinas, materiais e processos de fabricação. Mas também eram mestres da estética, pois o desenho das letras exige vastos conhecimentos de arte, desenho, geometria e estética. Para finalizar, nossos heróis eram pessoas de grande cultura, pois falavam, escreviam e criavam letras em várias línguas e escritas, não raro idiomas extintos. Por tudo isso, muitas vezes até as leis eram “adulteradas” em benefício dos artistas da letra. A história de Francesc

Velas Náufragas

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Diego Mendes Sousa A obra "Velas náufragas" (Editora Penalux, 2019) de Diego Mendes Sousa é um epilírico dividida em duas partes: "Alma litorânea" e "Coração costeiro". Herdeira da "Mensagem" do poeta português Fernando Pessoa, "Velas náufragas" é uma arrebatada devoção ao mar e à natureza. A poesia de Diego Mendes Sousa é vertical e instaura as palavras com a força do sentimento, que guarda também a memória e a infância. O poeta piauiense canta a terra natal, Parnaíba, santuário do Delta do Rio Parnaíba, e inventa um universo paralelo chamado Altaíba, com "seres aladinos", como quer a magia e o testamento desse notável poeta. Extremamente simbólica e barroca, apesar de os versos serem livres, brancos e em desordem aparente, a poesia crescida na visão peculiar de Diego Mendes Sousa ressucita a metáfora do tempo e a profusão dos sonhos, pois os seus versos são doídos e são anímicos. São também sonoros e imagéticos. P

V Bienal do Livro de Itabaiana

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Família MarRon com Saracura A família MarRon esteve na V Bienal do Livro de Itabaiana/SE no dia 15 de setembro de 2019. Estivemos com nosso amigo Saracura e o seu Pássaros do Entardecer . Romance que tive a honra de ler antes da publicação e opinar sobre ele. Uma gostosa leitura sobre os migrantes itabaianenses como descrita na sobrecapa do livro: "Esta é a história aventurosa de um navegador pelos céus de Itabaiana, do Brás, de Rancharia e até do Paraguai... em busca de uma árvore onde pousar  (uma noite ou a vida inteira); a busca incessante de um canto onde tremule a ilusão de uma vida melhor. É uma epopeia narrada em versos pelo poeta Omerin, cordelista, de quem você ainda ouvirá falar, e em prosa, ditada pelo próprio navegador a um copista de Itabaiana que tem a mania de maquiar oitivas com palavras e sentenças de duvidoso gosto. Omerin que o diga!".

O São João do Nordeste

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  Por Cleno Vieira No São João do Nordeste  tem de tudo até de mais temos milho, munguzá e canjica  para só de milho o povo saborear.  Temos o famoso quentão que é servido de coração  pro cabra ficar animadão. A veneração aos santos Antônio, João e Pedro, são pra lá de especiais  mais o que abrilhanta a festa  são as quadrilhas nos arraiás. Nesse mês junino  temos o santo casamenteiro de Propriá ele é nosso  padroeiro, pra não haver             desespero, rogue a Antônio um amor verdadeiro. Logo em seguida  vem o menino São João  com o cordeiro na mão é exaltado, mas tudo fica animado  quando os fogos são queimados. Pra não deixar queimar o Nordeste, vem São Pedro  alegrando o sertão  e com a linda chuva  alegra-nos o coração. Pra terminar o mês junino  é celebrado São Paulo  que por poucos é venerado mas pense em um santo arretado. Pra mode não demorar  eu já vou terminar,  dizendo que o São Joã

É em casa que se aprende a barganhar

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“O candidato foi à casa do meu avô. Meu avô pediu certa quantia em dinheiro. Ele disse que voltaria, mas meu avô esperou, esperou, esperou e ele não apareceu. O outro candidato foi conversar com meu avô, pediu um prazo para arrumar o dinheiro. Ele arrumou o dinheiro e todo mundo lá em casa vai votar nele. Ele é quem vai ganhar a eleição”. A citação acima mencionada compõe uma minúscula parte de um gigante texto do fazer político deste país. Nela, nota-se três gerações: a do avô, a dos pais da criança e a da própria criança que fala naturalmente da prática do comércio eleitoral com entusiasmo, torcendo pelo candidato que “(...) arrumou o dinheiro (...)”. Faz algum tempo que escrevo a respeito desse comércio e sempre procuro descrevê-lo com base em experiências. Não quero nelas fazer simples descrições, mas propor reflexões. O eleitor brasileiro tornou-se dualista e objeto de disputas ferrenhas de políticos profissionais. A fala acima deixa explícito a prática da corrupç

As opiniões do jornais são as suas opiniões?

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As opiniões dele são as opiniões dos jornais (grifo meu) . Como, porém, essas opiniões variam, padre Silvestre, impossibilitado de admitir coisas contraditórias, lê apenas as folhas da oposição. Acredita nelas. Mas experimenta às vezes dúvidas. Elas juram que os homens do governo são malandros, e ele conhece alguns respeitáveis. Isso prejudica as convicções que a letra impressa lhe dá. Necessitando acomodar as suas observações com as afirmações alheias, acha que os políticos, individualmente, são criaturas como as outras, mas em conjunto são uns malfeitores. RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, 2008. p.150.

Pai

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1 Por Cleberton Santos Feira de Santana, 04 de setembro de 2018. Meu pai, Vamos lavar as pedras, Sim, vamos lavar as pedras, Para retirar as impurezas da alma, As impurezas da pedra, As impurezas do nosso corpo, As impurezas da morte, Vamos meu pai, Lavaremos as pedras que ainda sobram em nossos caminhos, Lavaremos as pedras banhadas de sol, Lavaremos as pedras com todas as nossas lágrimas. Meu pai,  Vamos lavar as pedras da solidão, E descansaremos em paz nas terras do perdão.  1 Cleberton Santos (14/05/1979, Propriá/SE). Poeta e professor do IFBA campus Santo Amaro. Mestre em Literatura e Diversidade Cultural pela UEFS. Publicou os livros “Ópera urbana” (2000), “Lucidez silenciosa” ( 2005) “Cantares de roda” (2011), “Aromas de fêmea” (2013), "Estante Viva” (2013 ) e "Travessia de abismos" (2015). Vencedor do Prêmio Escritor Universitário Alceu Amoroso Lima da Academia Brasileira de Letras (2002). Apresenta o podcast “A

Finalmente deixaste o debruço

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Da janela, você olha a relva brilhar na praça. Sem se cansar, observa as flores do pé-de-matafome tremularem. Mas se surpreende quando um beija-flor vai em cada flor do hibisco. Elas, avermelhadas e sorridentes, recebem com alegria aqueles beijos. Beijos que serão levados para outras bandas. E para completar, a claridade da luz ilumina tudo, até o jardineiro lá na ponta da praça. Ainda na janela, pés vêm, mãos vão e você continua inerte. Saber o que se passa contigo é impossível. Já dizia Coélet: "(...) há tempo para todo propósito debaixo do céu". Parece que entendeste o que ele quis dizer. Finalmente deixaste o debruço.

O Choro Do Velho Chico, o pai do sertão

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Por CLENO VIEIRA O Velho Chico Agora Chora Pois Sua Felicidade Foi Embora E Ninguém Sabe Quando Ela Voltará.  Da Serra Da Canastra  A Foz Do São Francisco Esse Rio Sai Pedindo Consolo E Oração. Fique Você Sabendo Que Nós Somos Os Culpados Desse Choro Calado Do Velho Chico Arrasado. Fico Até Imaginando O Que Será Do Sertão Sem Esse Grande Irmão Que Deu Sua Vida Ao Sertão. Hoje Ele Chega Lá No Ceará Mas É Lá Na Foz Que Eu Vejo Água Faltar. E Agora Esse Choro  Está Acabando  Porque Nós Abandonamos O Velho Chico Pai Do Sertão.

Tristesse

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Noite de lançamento do livro Propriaenses: Alegrias e Tristesse  de Ana Lucia Campos. O evento aconteceu no dia 02 de julho de 2019 na Pça. Fausto Cardoso na cidade de Propria/SE em torno do Coreto. Estiveram presentes a Academia Propriaense de Letras, os membros do Centro de Cultura de Propria, o presidente da Câmara, o secretário de educação daquela cidade e tantos outros.   A palavra Tristesse (Tristeza) me chamou a atenção quando pus os olhos no título e despertou a minha curiosidade e fui a procura para saber qual o significado dela e para minha surpresa, me deparei com estas informaçõ es que se encontram na Wikipédia :   Estudo Opus 10, nº. 3  em mi maior , apelidada de " Tristesse " ("Tristeza"), é um estudo para piano solo, composto por Frédéric Chopin  em 1832 . Foi primeiramente publicado em 1833  na França , [1]   Alemanha [2]  e Inglaterra [3]  como a terceira peça de seus Estudos Opus 10. A respeito deste vagaroso estudo canta

As redes sociais e o fazer político

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Texto publicado originalmente no blogue  O Eleitoral   em fevereiro de 2012, revisto e atualizado.  Parte da sociedade se mobiliza através das redes sociais para tentar combater a corrupção, angariando assinaturas de adesão a esses tipos de movimentos. Alegam que não encabeçam nenhuma sigla partidária, dão sugestões de projetos de Lei de iniciativa popular. Essas iniciativas são nobres, merecem apoio e respeito; mas uma reflexão mais apurada. A Constituição Federal, no parágrafo único do seu primeiro artigo, diz que “todo poder emana do povo (...)”. O poder, a que se refere o constituinte é o de eleger e ser eleito por meio de eleições diretas ou indiretas. Acontece que esse poder, outorgado ao povo, estar corrompido pelo comércio eleitoral  (ver livro Viu o home?). Sendo assim, vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores, presidentes não recebem o diploma de posse porque eles querem ou porque possua algum privilégio, alguma proposta de governo; mas porque

Coreto - Audiência Pública

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Arlen Silva Brito e Ron Perlim Entrega de uma cópia do meu pronunciamento no fórum estadual solicitada por Arlen Silva Brito, promotor de justiça da Comarca de Porto Real do Colégio, Alagoas que proferi no dia 09 de julho de 2019 no Centro Administrativo em decorrência do fatídico dia 04 do mesmo mês e ano onde parte do Coreto que se encontra na praça Rosita de Góes Monteiro foi demolida.  Eis a íntegra do meu pronunciamento: Audiência Pública Porto Real do Colégio, 09 de julho de 2019. Centro Administrativo (Antigo Grande Hotel) Boa tarde! Início a minha fala dizendo que não sou oposição, nem situação. Me apresento como escritor, membro do Ceculc (Centro de Cultura Colegiense) e pesquisador da História de Porto Real do Colégio, assim como Adriano, que é professor de História e também pesquisador. Desde que surgiu o burburinho de que o coreto seria removido da Pça. Rosita de Góes Monteiro, a indignação se apoderou de parte da sociedade colegi