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Escola Santa Terezinha adota livro do escritor Ron Perlim

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Dia 30 de abril de 2019, o escritor Ron Perlim esteve na escola Santa Terezinha que, mais uma vez, adotou um de seus livros. O livro adotado foi Porto Real do Colégio: História e Geografia. Neste dia o autor deu uma palestra com os alunos daquela instituição mostrando-lhes a importância dos livros e das novas tecnologias para a vida. Em seguida, bateu papo com eles sobre diversos assuntos relacionados ao livro adotado e outros de sua autoria, como Laura , A menina das queimadas e O povo das águas . Muitas perguntas inteligentes foram feitas. Respondidas todas as indagações, o evento foi encerrado com uma sessão de autógrafo. Livros do autor Palestra sobre a importância da leitura e dos livros. Arthur indaga o autor. Corpo docente Encerramento Encerramento

Machado de Assis ao leitor

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Machado de Assis AO LEITOR Que Stendhal confessasse haver escrito um de seus livros para cem   leitores, coisa é que admira e consterna. O que não admira, nem   provavelmente consternará é se este outro livro não tiver os cem   leitores de Stendhal, nem cinqüenta, nem vinte e, quando muito,   dez. Dez? Talvez cinco. Trata-se, na verdade, de uma obra difusa, na qual eu, Brás Cubas, se adotei a forma livre de um Sterne, ou de um   Xavier de Maistre, não sei se lhe meti algumas rabugens de   pessimismo. Pode ser. Obra de finado. Escrevi-a com a pena da   galhofa e a tinta da melancolia, e não é difícil antever o que poderá   sair desse conúbio. Acresce que a gente grave achará no livro umas   aparências de puro romance, ao passo que a gente frívola não achará   nele o seu romance usual; ei-lo aí fica privado da estima dos graves e   do amor dos frívolos, que são as duas colunas máximas da opinião.   Mas eu ainda espero angariar as   simpatias da opinião, e o primeiro   rem

Cuide dos pais antes que seja tarde

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Carpinejar Não quero mais ter razão na vida, só quero ter amor. Eu teimava com meus pais, adorava ganhar uma discussão deles, me vangloriava de ser moderno, transgressor e rebelde, plantava sempre assuntos polêmicos como pena de morte e aborto nas rodas de almoço e jantar, táticas para denunciar o conservadorismo dos dois. Batia a porta, fechava a cara, gritava com um sindicalista lutando por melhores condições dentro de casa. E eles pediam que eu tivesse calma, que não faltasse com a educação, que não levantasse da mesa sem terminar a refeição, pois não adiantava reclamar da injustiça do mundo se não limpava o meu prato. No fundo, eles me aceitavam do jeito que era, eu que jamais os aceitei como eles eram. Eu era o intransigente. Possuído pelos argumentos, não percebia um detalhe esclarecedor: se eu podia pensar diferente era porque meus pais me deram liberdade. Eles me permitiram crescer com os meus ideais. Por que não tolero as suas convicções distintas? Perdi muito tempo

A pequena e a grande corrupção

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Em um de seus livros, Plínio de Arruda Sampaio disse que  [1] há dois tipos de corrupção, a grande e a pequena; mas que as duas são igualmente perniciosas e imorais, mas que não podem ser combatidas da mesma maneira. A grande corrupção, mencionada por Plínio, é a que aparece no estardalhaço midiático envolvendo governos federal, municipal, estadual, distrital, políticos, servidores, particulares e heróis que não são de gibis, mas dos que somente enxergam a corrupção do outro. Não é objeto deste artigo destaca-la, pois, a grande mídia se encarrega de fazê-la; utilizando-se da  opressão publicitária , mexendo com os sentimentos alheios, fazendo muita gente acreditar em meias verdades. Foi assim com Lula, a prisão coercitiva e agora com a pirotecnia do powerpoint de Dallagnol. Irei, no entanto, me ocupar da  pequena corrupção,  especificamente aquela que está entrelaçada ao contexto eleitoral, seja em campanhas ou em mandatos. Ela é ignorada pela grande mídia, pelo Judiciário e

Os especialistas em suicídio

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Tenho lido com certo desconforto “especialistas” que aparecem nas redes criticando de forma agressiva e desumana pessoas que cometeram suicídio ou estão depressivas. Pessoas que se comportam dessa forma são insensíveis, tolas, prepotentes. Não desenvolveram a empatia, nem fizeram leituras aprofundadas dessa melancólica condição humana. Ninguém é suicida de um dia para o outro. Tudo tem uma origem, um meio e um fim. As causas que levam uma pessoa ao suicídio são complexas, envolvem muitos aspectos da história psicossocial dela. Quando você ouvir ou ler coisas negativas tratando desse assunto, não seja um ventríloquo, nem dê importância para elas. O melhor caminho é compreender. E só se compreende estudando, perguntando a quem de fato se dedica ao tema. Eu, que não sou especialista, nem me atrevo a ser nas redes; li a   Inteligência Multifocal do Dr. Augusto Cury e ampliei o meu entendimento sobre o suicida. As pessoas que se acham, que se sentem uma fortaleza, que vo

Pássaros do entardecer

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Hoje estive com Saracura, da Academia Sergipana de Letras, para discutirmos sobre o seu novo livro, "Pássaros do Entardecer" (título provisório). Um cheio de belas histórias dos migrantes itabaianenses, simbolizado pelo "caixão de Europas". Uma leitura humorada e ao mesmo tempo, séria. Recomendo! Saracura e a família Marron Revendo trechos do livro "Pássaros do Entardecer".

Clara e o cais

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Eu me levantei do batente de casa , peguei o boné, b otei-o na cabeça e s aí. Quando ia na calçada da vizinha, ouvi uma voz fraca perdida e os fonemas se que espalhavam a o vento. Era Clara que evocava o meu nome . Assim que se aproximou , cumprimentou-me com um sorriso. A boca, a vermelha da de batom e as pestanas arqueadas, estavam abertas para a vida e o amor . Peguei em sua mão. Era cetinosa. Convidei-a para tomar sorvete. Ela topou, sem objeção. Depois do sorvete, ela se ia rebolando. Os seios, túmidos, arrancavam olhares dos curiosos. Faceira, ia solta pela rua. Os cílios dos curiosos só pararam de pousar depois que ela sumiu completamente na esquina da rua. E da esquina ela foi na ponta dos pés toda clara para a beira do cais. Ela gostava de ver as ondas. Neste dia, Clara saiu para o amor e não para as ondas . O amor que fica no cais. Mas nesta noite a bela se apagou. Ninguém sabe quem roubou a sua luz . Lembro-me da doçura de Clara quando mexia com os meus

A entrevista

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Eu toquei a campainha. Ninguém veio me atender. Então, notei que a porta estava entreaberta. Entrei silente, dei alguns passos e avistei o professor Lorenzo numa confortável poltrona. De face serena, degustava com ímpeto o cigarro e um livro. Nem se importava com a minha presença. Após alguns minutos, disse: — O que o traz aqui? — As suas teorias, professor. — O que quer saber? — Sua opinião sobre o s últimos acontecimentos políticos? — Ora, os últimos acontecimentos políticos refletem uma sociedade que não sabe escolher. De uma população eleitoral dualista e doente. — O senhor poderia ser mais claro sobre o que seriam essas “escolhas ruins” e essa “população dualista e doente”? — É claro! A população eleitoral escolhe de forma ruim quando mercadeja o voto ou quando vota com raiva e por picuinha. Não leva em conta a vida pregressa dos candidatos, nem se dar conta que eles são empregados eletivos, inscritos na Previdência Social. É dualista porque exige é