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O demônio da ignorância e da inveja

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Hoje é 25 de fevereiro de 2003. A minha noite não foi uma das melhores e eu cheguei à empresa cheio de olheiras. Assim que pus os pés na sala e antes de sentar-me, minhas orelhas captaram palavras desprezíveis e ínfimas. Não era para menos, pois, elas vieram de um tolo, desses que se sente gente. Observei firmemente a face daquela criatura portando algumas cicatrizes na face e não me intimidei. A maldade brilhava em seus olhos e aquele filhote da intolerância falava e falava. Nem os seus o suportavam, mas o queria por perto para a coisa suja. Enquanto ele falava, eu conhecia a inveja de perto, viva, esquelética, movendo-se de um lado para o outro. Naquele momento, pensei: “a inveja é o sentimento mais mesquinho que eu conheci. Despreza o próximo porque sente-se desprezada. Filha da maldade, parente da fofoca e amante da irracionalidade; a inveja corrompe, ofende e cria rixa entre os seres”.   Fiquei estarrecido ao vê-la me rondar. Confesso que contive o nervoso sem que al

O 5º Evangelho e o Memorial do São Francisco

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No dia 1º de junho de 2019, no auditório da Câmara Municipal de Propriá, SE, a Academia Propriaense de Letras, Ciências, Artes e Desportos inaugurou o Memorial do São Francisco, com o olhar voltado especificamente para o Baixo São Francisco. Na ocasião, encontrei-me com Erasmo Lopes, membro daquela academia, do Centro de Cultura de Propriá e Coordenador Local daquele Memorial. Ele me entregou uma cópia do livro O 5º Evangelho para uma leitura crítica.  Ron Perlim e Erasmo Lopes Após a solenidade de abertura do Memorial, fomos para o espaço de funcionamento. O espaço está dividido em duas salas: a primeira contém a produção literária sobre a Região do Baixo São Francisco e o Rio São Francisco e a segunda, climatizada, há peças que são típicas dessa região. Apesar de pequeno, o espaço é agradável. Apesar de pequeno, os professores podem tirar grande proveito da cultura local.

Livro Laura na Amazon

Academia

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Certa vez G. R. explicou ao filho Tatá (Ricardo Ramos) o porquê da sua ausência dos “quadros” da Academia Brasileira de Letras, alegando 3 motivos: 1º - Teria que  mendigar votos; 2º - Não sou de beijar mão e 3º - O fardão, sendo este, talvez, o  pior dos motivos. O fardão me lembra fantasia de guerreiro ou mateu; depois, ao vestir o fardão, eu me sentiria um século mais velho” (então riu demoradamente). KUMMER, Dídimo Otto. Pequeno Dicionário Graciliãnico: vol. 5 , Catavento, Maceió, 2001.

Escola Santa Terezinha adota livro do escritor Ron Perlim

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Dia 30 de abril de 2019, o escritor Ron Perlim esteve na escola Santa Terezinha que, mais uma vez, adotou um de seus livros. O livro adotado foi Porto Real do Colégio: História e Geografia. Neste dia o autor deu uma palestra com os alunos daquela instituição mostrando-lhes a importância dos livros e das novas tecnologias para a vida. Em seguida, bateu papo com eles sobre diversos assuntos relacionados ao livro adotado e outros de sua autoria, como Laura , A menina das queimadas e O povo das águas . Muitas perguntas inteligentes foram feitas. Respondidas todas as indagações, o evento foi encerrado com uma sessão de autógrafo. Livros do autor Palestra sobre a importância da leitura e dos livros. Arthur indaga o autor. Corpo docente Encerramento Encerramento

Machado de Assis ao leitor

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Machado de Assis AO LEITOR Que Stendhal confessasse haver escrito um de seus livros para cem   leitores, coisa é que admira e consterna. O que não admira, nem   provavelmente consternará é se este outro livro não tiver os cem   leitores de Stendhal, nem cinqüenta, nem vinte e, quando muito,   dez. Dez? Talvez cinco. Trata-se, na verdade, de uma obra difusa, na qual eu, Brás Cubas, se adotei a forma livre de um Sterne, ou de um   Xavier de Maistre, não sei se lhe meti algumas rabugens de   pessimismo. Pode ser. Obra de finado. Escrevi-a com a pena da   galhofa e a tinta da melancolia, e não é difícil antever o que poderá   sair desse conúbio. Acresce que a gente grave achará no livro umas   aparências de puro romance, ao passo que a gente frívola não achará   nele o seu romance usual; ei-lo aí fica privado da estima dos graves e   do amor dos frívolos, que são as duas colunas máximas da opinião.   Mas eu ainda espero angariar as   simpatias da opinião, e o primeiro   rem

Cuide dos pais antes que seja tarde

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Carpinejar Não quero mais ter razão na vida, só quero ter amor. Eu teimava com meus pais, adorava ganhar uma discussão deles, me vangloriava de ser moderno, transgressor e rebelde, plantava sempre assuntos polêmicos como pena de morte e aborto nas rodas de almoço e jantar, táticas para denunciar o conservadorismo dos dois. Batia a porta, fechava a cara, gritava com um sindicalista lutando por melhores condições dentro de casa. E eles pediam que eu tivesse calma, que não faltasse com a educação, que não levantasse da mesa sem terminar a refeição, pois não adiantava reclamar da injustiça do mundo se não limpava o meu prato. No fundo, eles me aceitavam do jeito que era, eu que jamais os aceitei como eles eram. Eu era o intransigente. Possuído pelos argumentos, não percebia um detalhe esclarecedor: se eu podia pensar diferente era porque meus pais me deram liberdade. Eles me permitiram crescer com os meus ideais. Por que não tolero as suas convicções distintas? Perdi muito tempo

A pequena e a grande corrupção

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Em um de seus livros, Plínio de Arruda Sampaio disse que  [1] há dois tipos de corrupção, a grande e a pequena; mas que as duas são igualmente perniciosas e imorais, mas que não podem ser combatidas da mesma maneira. A grande corrupção, mencionada por Plínio, é a que aparece no estardalhaço midiático envolvendo governos federal, municipal, estadual, distrital, políticos, servidores, particulares e heróis que não são de gibis, mas dos que somente enxergam a corrupção do outro. Não é objeto deste artigo destaca-la, pois, a grande mídia se encarrega de fazê-la; utilizando-se da  opressão publicitária , mexendo com os sentimentos alheios, fazendo muita gente acreditar em meias verdades. Foi assim com Lula, a prisão coercitiva e agora com a pirotecnia do powerpoint de Dallagnol. Irei, no entanto, me ocupar da  pequena corrupção,  especificamente aquela que está entrelaçada ao contexto eleitoral, seja em campanhas ou em mandatos. Ela é ignorada pela grande mídia, pelo Judiciário e