Eu poderia dizer todas as coisas do
mundo, vasculhar os dicionários e neles selecionar todos os vocábulos para
expressar os meus sentimentos.
Eu poderia materializar a minha alma,
o que ela viu vê e pensa a seu respeito.
Ah, quantas coisas eu não poderia te
dizer!
Falando ou calado, beijando ou
sorrindo, caminhando ou parado.
Se eu pudesse pegaria um raio do sol
todas as manhãs e te daria de presente para ele brilhar na sua presença e
expandir a sua beleza. Gosto de você e não me escondo. Vejo-a com bons olhos e
a respeito. Sua simplicidade toca o meu peito como címbalo.
Não me calo para você, não me revolto
e nem a desprezo porque não a tenho...
Ontem a lua estava folclórica e sob
os seus raios estava a minha compreensão (uma fase do amor).
Não sei o que pensará a esse
respeito. Se a flecha grega trespassou o coração para outra face, é uma pena! É
um lamento nos ossos.
Quando alguém me pergunta se eu ando
apaixonado, eu rio no canto da boca, proíbo a minha alma com psiu e me
calo para o amor. Faço isso porque não sei como anda a minha esperança, pois,
ela depende de você.
Por tudo isso não me negue o riso, o
diálogo, a mão macia.
Não me prive de olhar de perto o teu
rosto branco, belo nas veias da bomba.