Ela estava
sentada no batente da porta. Face voltada para a calçada e entre os dedos o
cigarro.
O cigarro,
quando posto entre os lábios, estremecia. Nela havia solidão e o seu mundo
estava desarranjado. A mente muitas coisas fazia, participava no cubículo do
seu ser.
Passavam-se as
horas.
Passavam
pessoas. Só não passava aquela angústia, aquela dor, a última que alguém pode
sentir nesta vida.
Só o cricrilar
fazia-se presente no fechar e abrir dos dias.
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