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Velas Náufragas

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Diego Mendes Sousa A obra "Velas náufragas" (Editora Penalux, 2019) de Diego Mendes Sousa é um epilírico dividida em duas partes: "Alma litorânea" e "Coração costeiro". Herdeira da "Mensagem" do poeta português Fernando Pessoa, "Velas náufragas" é uma arrebatada devoção ao mar e à natureza. A poesia de Diego Mendes Sousa é vertical e instaura as palavras com a força do sentimento, que guarda também a memória e a infância. O poeta piauiense canta a terra natal, Parnaíba, santuário do Delta do Rio Parnaíba, e inventa um universo paralelo chamado Altaíba, com "seres aladinos", como quer a magia e o testamento desse notável poeta. Extremamente simbólica e barroca, apesar de os versos serem livres, brancos e em desordem aparente, a poesia crescida na visão peculiar de Diego Mendes Sousa ressucita a metáfora do tempo e a profusão dos sonhos, pois os seus versos são doídos e são anímicos. São também sonoros e imagéticos. P

A bola

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A bola rola fora do coração. A bola boia no espaço. É levada pelo vento e se enrola. Eu olho quando elas sobem vestidas de claridade. As bolhas. E se transfiguram em moscas volantes. Bola. Bolha. Mosca. Acima da minha venta. E fui outro. E fiquei cheio. E fui saco, mas não dos outros. 

Pra você

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Eu poderia dizer todas as coisas do mundo, vasculhar os dicionários e neles selecionar todos os vocábulos para expressar os meus sentimentos. Eu poderia materializar a minha alma, o que ela viu vê e pensa a seu respeito. Ah, quantas coisas eu não poderia te dizer! Falando ou calado, beijando ou sorrindo, caminhando ou parado. Se eu pudesse pegaria um raio do sol todas as manhãs e te daria de presente para ele brilhar na sua presença e expandir a sua beleza. Gosto de você e não me escondo. Vejo-a com bons olhos e a respeito. Sua simplicidade toca o meu peito como címbalo. Não me calo para você, não me revolto e nem a desprezo porque não a tenho... Ontem a lua estava folclórica e sob os seus raios estava a minha compreensão (uma fase do amor). Não sei o que pensará a esse respeito. Se a flecha grega trespassou o coração para outra face, é uma pena! É um lamento nos ossos. Quando alguém me pergunta se eu ando apaixonado, eu rio no canto da boca, proíbo a minha al