Bisonho literário


Desde os 18 anos de idade que rabisco alguns versos, aventuro-me na crônica e contos. Venho nesta teima: das linhas dos cardenos, das pontas das canetas para o Word e os dígitos. Essa teima já me rendeu três livros, três antologias, alguns textos publicados na imprensa local e péssimas frustrações.

A primeira delas ocorreu em 2003. Por meio de um jornal, desses que se intitulam literário, denominado Jornal Cultural Mensageiro conheci uma “editora” denominada Opção 2. Ela oferecia serviços de impressão com tiragem mínima de 50 exemplares. Ao ler o anúncio, meu entusiasmo literário emergiu.

Com posse do dinheiro em mãos para pagar a edição do livro, convidei mais escritores do município para participarem da Minicoletânea de Escritores Colegienses. Os textos ficaram sob a minha responsabilidade. Eu os “organizei” e os enviei para essa “editora”. Ora, eu era um noviço no assunto. Não conhecia a dimensão jurídica, muito menos comercial a que estar sujeita a publicação de um livro. Mas meu “editor” com aquela ideia pueril que os textos dos autores são intocáveis não opinou sobre a capa, sobre o miolo, muito menos sobre ISBN, Ficha Catalográfica, Depósito Legal. A única coisa que ele me perguntou por telefone foi se eu havia feito à correção gramatical. Ora, sem experiência alguma ou formação na área, apenas lhe disse que havia dado uma olhada; mas não imaginaria que ele confeccionasse o livro da forma como eu o havia enviado.

No prazo estimado pela “editora”, o livro chegou. Melhor dizendo, um livreto. A princípio fiquei alegre, até porque meus escritos estavam impressos. Mas quem primeiro fez as observações na obra foi o patrocinador. Reclamou da espessura e da má organização dos textos. Quando comecei a folhear cuidadosamente o livro, notei outras falhas: páginas da folha de rosto, da dedicatória, de agradecimentos, de sumário e da apresentação estavam numeradas. Portanto, sem seguir as normas técnicas. Além disso, não havia ISBN. O livreto só existia para mim, os coautores e poucos amigos que ganharam a obra de presente.

Essa foi a minha primeira experiência com livros e resolvi partilhar para aqueles que queiram publicar. Existem muitas prestadoras de serviços por aí se passando por editora, oferecendo serviços de quintal. Mas há muita editora séria no mercado que trabalha com pequenas tiragens. Cabe aos interessados fazer uma pesquisa cuidadosa antes de enviar um original.

4 Comentários

  1. Muito bacana esse post.

    Passei por aqui para conhecer seu BLOG e adorei.

    Um forte abraço.

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  2. Olá, grata por tuas palavras. Sem dúvida é um tema muito abrangente, e não somente dos pais a culpa, e como você disse; as pessoas se preocupam muito com o ter, e esquecem o ser. Por isso a matéria; acredito muito nas bases que somos criados, e em anos de pesquisa a gente observa que pais mais presentes facilitam muito no processo educativo. É uma pena os rumos que toma a sociedade, onde a base humana: familia,está se modificando em troca do ter.
    Um abraço!

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  3. Obrigado a Maria e Luciene pelos comentários.

    Abraço!

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  4. Guerreiro de Porto Real de Colégio mandou perguntar qual é o site que é pra fazer um site, ele disse que ja tem um dominio

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